Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico revela que o número de pessoas de fracos recursos sem capacidade para aceder aos cuidados de saúde triplicou, entre 2008 e 2014
Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico revela que o número de pessoas de fracos recursos sem capacidade para aceder aos cuidados de saúde triplicou, entre 2008 e 2014 a quantidade de pessoas de baixos rendimentos que relatou necessidades de saúde não satisfeitas por motivos financeiros triplicou em Portugal entre 2008 e 2014, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado esta quarta-feira, 23 de novembro, pela agência Lusa. De acordo com o estudo, cerca de 3,6 por cento da população dos países da União Europeia referiu ter ficado com necessidades de saúde não satisfeitas devido a custos, distância dos serviços ou tempos de espera. E, em Portugal, em seis anos, triplicou a proporção de pessoas de baixos recursos económicos que ficou sem assistência médica por motivos financeiros. O aumento dos cuidados de saúde não satisfeitos, sobretudo entre a população de menor rendimento, levanta preocupações pois pode traduzir-se num pior estado de saúde e num aumento das desigualdades sociais, refere a OCDE. apesar deste quadro, a média da população portuguesa que em 2014 referia cuidados de saúde não satisfeitos estava abaixo dos 10 por cento, superados por países como a Grécia, Estónia ou Letónia, que exibem os valores mais elevados. Na margem oposta situam-se países como o Luxemburgo, Holanda, Espanha ou Áustria em que menos de um por cento da população relata necessidades não satisfeitas.