Enquanto nas catedrais de todo o mundo se encerravam as portas do ano da Misericórdia, na Missão de Mangonha abriam-se as portas da igreja do Coração Imaculado de Maria depois dos trabalhos de reabilitação
Enquanto nas catedrais de todo o mundo se encerravam as portas do ano da Misericórdia, na Missão de Mangonha abriam-se as portas da igreja do Coração Imaculado de Maria depois dos trabalhos de reabilitaçãoOs católicos acorreram em grande número para testemunhar o evento e dar graças a Deus pelos 70 anos de vida da missão. Fundada em 1946, a Missão de Mangonha-Massinga, em Moçambique, foi a primeira missão dos Missionários da Consolata na atual diocese de Inhambane. Os fundadores – José Paleari, alberto Maggiore e ângelo Rota – missionários da Consolata, instalaram-se em Mangonha, a sete quilómetros da sede administrativa de Massinga, onde iniciaram logo as construções provisórias da residência, capela e escola. Em 1950, procedeu-se à bênção da primeira pedra da igreja da missão, inaugurada no dia 12 de dezembro de 1954, no encerramento do ano Mariano.com os anos, a missão foi crescendo tornando-se um dos mais importantes centros missionários da zona sul de Moçambique pelo número de batizados, comunidades cristãs e pelas suas obras sociais: escolas, posto de saúde, internatos e até um catequistado para formação de evangelizadores leigos. Do território da Missão de Mangonha foram desmembradas duas novas missões: Nossa Senhora do Rosário (1960) e Nossa Senhora da Consolata de Funhalouro (1967).com as nacionalizações aquando da independência nacional (1975), com a expulsão dos missionários (1977), com os ataques durante a guerra civil (1982-1992) a missão foi abandonada e depois vandalizada. Os urbanística ficaram bastante danificados, incluindo a igreja. a ausência dos missionários, que passaram a residir na sede distrital de Massinga, contribuiu para que a vitalidade da Missão de Mangonha diminuísse com os anos, acabando por tornar-se uma capela sucursal da paróquia de Massinga. a situação reverteu-se com a chegada em 2014 das irmãs Missionárias Franciscanas do Reino do Jesus Cristo e com o trabalho do padre Carlos Donisotti, um sacerdote diocesano italiano, que há mais de uma década trabalha na diocese de Inhambane. Grande admirador de Nossa Senhora da Consolata e do beato José allamano, instalou-se na Missão de Mangonha e iniciou os trabalhos de reabilitação da igreja e de algumas estruturas adjacentes.com uma equipa de trabalhadores formada por ele, mas sobretudo com muita paixão, iniciou o trabalho de reabilitação do telhado, do teto, pintura das paredes, restauro das pinturas e das imagens sacras. até os frescos originais foram preservados, conferindo ao templo uma beleza singular. Nas paredes, o padre Carlos Donisotti fixou dois quadros com as imagens de Nossa Senhora da Consolata e do beato José allamano, presenças discretas e profundamente inspiradoras das obras de construção e agora da reabilitação. No domingo, 20 de novembro, dia da festa do Cristo Rei, a igreja voltou ao seu esplendor original. Foi convidado para presidir à celebração eucarística o Superior dos Missionários da Consolata, padre Diamantino antunes. a Eucaristia foi muito participada em ambiente de júbilo. Os católicos, sobretudo os da primeira geração, estavam orgulhosos do resultado alcançado e manifestaram de modo exuberante a sua alegria.