No dia em que o presidente egípcio chega a Portugal, vários ativistas estarão no aeroporto de Lisboa para mobilizar os cidadãos para o caso de um fotojornalista egípcio que se encontra detido no seu país «apenas por exercer a sua profissão»
No dia em que o presidente egípcio chega a Portugal, vários ativistas estarão no aeroporto de Lisboa para mobilizar os cidadãos para o caso de um fotojornalista egípcio que se encontra detido no seu país «apenas por exercer a sua profissão» a primeira ação de rua da Maratona de Cartas, o maior evento anual e global de campanha da amnistia Internacional (aI), acontece na próxima segunda-feira, 21 de novembro. No dia da chegada a Portugal do presidente egípcio, abdel Fattah al-Sisi, para uma visita de Estado, ativistas da aI vão estar no aeroporto de Lisboa (zona das chegadas) para consciencializar os cidadãos para o caso do fotojornalista Mahmoud abu Zeid, conhecido como Shawkan, que está detido e a aguardar julgamento há mais de três anos no Egipto apenas por exercer a sua profissão, aponta a organização de defesa dos direitos humanos.
Durante a Maratona de Cartas, milhões de pessoas, através de cartas, emails, tweets e assinatura de petições, fazem pressão para que a justiça seja alcançada. até janeiro, serão várias as ações de recolha de assinaturas e mobilização dos cidadãos em diferentes pontos de Portugal. Em 2015, esta iniciativa resultou em mais de 3,7 milhões de cartas e mensagens enviadas a nível global, das quais mais de 172 mil em Portugal – conduzindo a sucessos, com a libertação de pessoas injustamente detidas e condenadas.
além de Shawkan, foram eleitos mais três casos para a edição deste ano da Maratona de Cartas. Um desses exemplos é o de Eren Keskin, uma voz crítica das autoridades turcas e firme defensora dos direitos da minoria curda no país, que está em risco permanente de ser julgada e condenada a longas penas de prisão pelo simples exercício da liberdade de expressão e ativismo e trabalho na defesa dos direitos humanos.
Outro dos casos é o de Edward Snowden, que divulgou documentos secretos que tornaram conhecidos os programas de vigilância ilegal feita pelas agências de serviços secretos aos cidadãos de todo o mundo. Neste momento, é acusado nos EU a de traição, não existindo qualquer garantia de lhe ser prestado um julgamento justo no país natal, vivendo exilado na Rússia. annie alfred, criança malawi com albinismo, é outro dos alvos da iniciativa. a menina vive em constante situação de risco, devido à sua doença. a aI exige às autoridades do Malawi que protejam as pessoas com albinismo e que os perpetradores de crimes contra elas sejam julgados e punidos.