Com o início da campanha eleitoral para as eleições gerais do próximo ano, os prelados temem o ressurgimento da violência, «da linguagem conflituosa e de manifestos fomentadores de ódio»
Com o início da campanha eleitoral para as eleições gerais do próximo ano, os prelados temem o ressurgimento da violência, «da linguagem conflituosa e de manifestos fomentadores de ódio» a Conferência Episcopal do Quénia emitiu um comunicado a alertar para o perigo de uma nova onda de violência no país, semelhante à de 2007-2008, motivada pela campanha eleitoral para as eleições gerais de 2017. No documento, os bispos manifestam a sua preocupação com o ressurgimento da violência, da linguagem conflituosa e de manifestos fomentadores de ódio. Segundo os prelados, as acusações mútuas entre políticos que escondem a verdade já estão a alimentar confrontos em diversas zonas do país, em alguns casos com vítimas mortais. Já se perderam vidas humanas em incidentes entre os Pokots e os Marakwets, e há conflitos entre as comunidades Kisii, Masai e Kipsigis, realçam no comunicado, emitido esta semana. Quanto à corrupção, um mal que dizem atingir o país sem vergonha e medo, mostram-se dispostos, enquanto líderes religiosos, a facilitar um fórum para debater os problemas da corrupção com sobriedade, distante da retórica política. No final documento, os bispos apelam à responsabilidade de todos os quenianos, na construção do país e no bem-estar da população. Juntos, podemos construir um país justo e livre da corrupção, um país ordenado onde existe respeito pela lei e pela dignidade de toda pessoa, concluem.