Depois da África do Sul e do Burundi, o governo da Gâmbia também já anunciou a sua intenção de abandonar o organismo internacional. Há mais três países africanos a ponderar a saída
Depois da África do Sul e do Burundi, o governo da Gâmbia também já anunciou a sua intenção de abandonar o organismo internacional. Há mais três países africanos a ponderar a saída Os apelos do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, não só não foram atendidos pelos governos da África do Sul e do Burundi, como passaram ao lado de outros países que ponderam abandonar o Tribunal Penal Internacional (TPI). Esta semana, o governo da Gâmbia notificou a ONU da sua decisão de retirar-se do organismo de justiça internacional. E a Namíbia, Quénia e Uganda também já fizeram saber que estão a estudar o abandono da instância criada pelo Estatuto de Roma. Na origem da decisão do governo gambiano terá estado uma deliberação do TPI contra o procurador-chefe do tribunal, o antigo ministro da Justiça da Gâmbia, Fatou Bensounda. O ministro da Informação daquele país africano, Sheriff Bojang, acusou mesmo o Tribunal Internacional de ser usado apenas para processar africanos, especialmente os seus líderes, ignorando crimes cometidos nos países do Ocidente. Em reação ao abandono dos três países, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid al Hussein, lançou um apelo aos restantes países para que continuem a apoiar o TPI. Embora os poderosos possam temer o tribunal, as vítimas, em toda parte, imploram pelo seu envolvimento, afirmou o responsável, temendo que o objetivo da retirada dos Estados seja para proteger os seus líderes de acusações.