O governo afegão aprovou um plano para investigar as alegações de crimes de guerra e abusos dos direitos humanos nas últimas décadas de guerra.
O governo afegão aprovou um plano para investigar as alegações de crimes de guerra e abusos dos direitos humanos nas últimas décadas de guerra. Centenas de milhar de afegãos morreram durante os conflitos desde 1978 até à queda do regime talibã. Mas até hoje, o governo resistiu os apelos dos grupos activistas dos direitos humanos, nacionais e internacionais, para investigar os alegados crimes de guerra. alguns membros do novo parlamento estão entre os que são acusados abusos.
Oficialmente, o plano agora aprovado é conhecido como Plano de acção para a Paz, Reconciliação e Justiça no afeganistão. Foi elaborado pela comissão afegã dos direitos humanos, tendo sido consultados grupos internacionais no início deste ano.
Foi definida uma estratégia que pode levar à criação de uma comissão para a verdade e reconciliação, à semelhança do que foi feito na África do Sul quando acabou o apartheid, ou ao estabelecimento de um tribunal criminal.
a decisão será tomada por um grupo de trabalho com cinco membros, três escolhidos pelo presidente Hamid Karzai, um pelas Nações Unidas e outro pela comissão dos direitos humanos do afeganistão.
O primeiro passo previsto é recordar as vítimas das guerras do afeganistão, recolher informação detalhada e começar um processo de reconciliação entre os vários grupos étnicos anteriormente envolvidos nos confrontos. Mas o presidente Karzai ainda não deu início a este processo por receio de reacender os conflitos, especialmente por muitos dos alegados criminosos de guerra estarem em posições de poder.
O plano de justiça e reconciliação já foi aprovado, agora falta saber quanto tempo vai passar até que seja colocado em prática.