Governo tinha prometido encerrar o maior campo de refugiados do mundo até finais de novembro, mas admite não conseguir cumprir este prazo, porque as autoridades da Somália estão em dificuldade para garantir os serviços sociais básicos aos migrantes
Governo tinha prometido encerrar o maior campo de refugiados do mundo até finais de novembro, mas admite não conseguir cumprir este prazo, porque as autoridades da Somália estão em dificuldade para garantir os serviços sociais básicos aos migrantesO porta-voz do Ministério do Interior do Quénia, Mwenda Njoka, anunciou esta semana que o governo não vai conseguir cumprir o prazo previsto para o encerramento total do campo de refugiados de Dadaab, devido às dificuldades das autoridades da Somália em garantir os serviços sociais básicos às pessoas que têm que regressar ao país. O maior campo de refugiados do mundo já chegou a ter meio milhão de pessoas e acolhe, atualmente, entre 250 mil a 350 mil. Os especialistas já haviam alertado que muitos dos somalis que fugiram do conflito não estariam dispostos a regressar ao seu país de forma voluntária, até que melhore a segurança e sejam criados mais serviços básicos, como escolas e unidades de saúde. Continuamos em conversações com o governo da Somália, e com as autoridades de Jubbalandia [a região que faz fronteira com o Quénia], para ver como podemos continuar com o processo, que esperamos seja rápido, adiantou Njoka, em declarações às agências internacionais. Os governos da Somália e do Quénia assinaram um acordo com o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), em 2013, para a repatriação voluntária e encerramento do campo de Dadaab. Mas este acordo tripartido expira este mês de novembro e terá que ser assinado um novo documento, sublinhou o representante do governo queniano.