Relatório sobre liberdade religiosa no mundo, elaborado pela Fundação ajuda à Igreja que Sofre, revela que há 38 países onde ainda se pratica a perseguição e a discriminação em relação aos crentes
Relatório sobre liberdade religiosa no mundo, elaborado pela Fundação ajuda à Igreja que Sofre, revela que há 38 países onde ainda se pratica a perseguição e a discriminação em relação aos crentes Uma em cada três pessoas no mundo vive num país sem liberdade religiosa e 38 nações ainda cultivam a perseguição e discriminação dos fiéis, segundo o mais recente relatório sobre liberdade religiosa, divulgado esta terça-feira, 15 de novembro, pela delegação espanhola da Fundação ajuda à Igreja que Sofre (aIS). O estudo analisa a situação da liberdade religiosa em 196 países e conclui que durante o período de junho de 2014 e junho de 2016, em 20 por cento das nações foram registados graves ataques à autonomia religiosa. Em 23 destes países foram detetadas campanhas para exterminar um determinado grupo religioso, e em 15 verificaram-se situações de discriminação, com a publicação de leis que marginalizam os crentes de uma religião. afeganistão, arábia Saudita, Coreia do Norte, China, Iraque, Quénia, Líbia, Nigéria, Síria e Somália, estão no grupo de países onde os habitantes são perseguidos por seguirem uma confissão religiosa. as discriminações foram encontradas na argélia, Egito, Irão, Cazaquistão, Maldivas, Catar, Turquia, Ucrânia e Vietname. O relatório denuncia ainda que um em cada cinco países no mundo já sofreu ataques islamistas radicais, e classifica como genocídio os massacres levados a cabo pelos elementos do auto-denominado Estado Islâmico, na Síria e no Iraque. Desde 2014 que estamos a assistir a um novo fenómeno de violência sem precedentes, qualificado como hiper-extremismo islâmico, advertem os autores da investigação. O cristianismo continua a ser a religião mais perseguida do mundo, sendo que 334 milhões de cristãos vivem atualmente em países de perseguição e outros 60 milhões em países com discriminação.