Mais de 50 missionários, entre padres, irmãs e leigos, estiveram reunidos no Seminário São Paulo de almada, na diocese de Setúbal, para participar na assembleia anual do aNIMaG/ IMaG
Mais de 50 missionários, entre padres, irmãs e leigos, estiveram reunidos no Seminário São Paulo de almada, na diocese de Setúbal, para participar na assembleia anual do aNIMaG/ IMaG a comunicação foi o grande tópico escolhido este ano para a assembleia anual doaNIMaG(animadores Missionários ad gentes), um organismo composto por animadores missionários pertencentes aoIMaG(Institutos Missionários ad gentes). O encontro, que se realizou entre 8 e 11 denovembro, serviu para avaliar, programar, conviver e celebrar a missão entre todos aqueles que trabalham e vivem a missão nas diversas periferias das dioceses portuguesas. O programa da assembleia começou com uma visita aos estúdios da RTP, em Lisboa, para entender os meandros da transmissão televisiva e perceber como os profissionais interagem com o mundo e como comunicam através da televisão. Depois de uma visita guiada, tivemos a oportunidade de falar com a jornalista alberta Marques Fernandes, que deu o seu testemunho e convidou os presentes não terem medo de comunicar a fé. Segundo esta profissional da comunicação, a Igreja não pode viver em capelinhas, mas unir-se e formar pessoas capacitadas para falarem dos assuntos mais polémicos. Devemos atrair as pessoas com o nosso testemunho de vida e calor humano, sublinhou a jornalista, sugerindo que se olhe para o modo como o Papa Francisco comunica, de uma maneira simples, informal e atenciosa. Não há encontro sem relação e não há relação se não houver envolvimento, ou seja, a verdadeira comunicação acontece quando envolvemos as pessoas com aquilo que testemunhamos. Para isso será necessário sairmos das nossas dúvidas, da nossaautorreferencialidade, da nossa falta de esperança, para poder realizar-se o verdadeiro encontro e a verdadeira comunicação, afirmou, por sua vez, o Superior Provincial dos Missionários da Boa Nova, adelino ascenso. Já o jornalista Joaquim Franco, um dos conferencistas convidados, alertou para o facto da sociedade ser cada vez mais cobaia de uma nova geração de comunicadores, onde a tecnologia não é democrática e onde uma elite cultural impõe uma maneira de ser e de viver sem mostrar o caminho seguro para onde seguir. Durante o encontro, o bispo de Setúbal, José Ornelas, realçou as mudanças globais, não só conjunturais, mas também estruturais e civilizacionais. E, tendo em conta essa transformação rápida da civilização, desafiou os participantes a procurarem urgentemente um modelo que os ajude a olhar para o futuro com esperança.