Comunidades atingidas por epidemias estão sem apoio médico, sem acesso a medicamentos e a enfrentar uma crise humanitária de saúde. até os profissionais de saúde sofrem com a crise
Comunidades atingidas por epidemias estão sem apoio médico, sem acesso a medicamentos e a enfrentar uma crise humanitária de saúde. até os profissionais de saúde sofrem com a crise a crise política e económica na Venezuela está a colocar em risco a sobrevivência de pelo menos sete tribos indígenas, atingidas por várias epidemias, desde a malária, ao HIV/Sida. até os próprios profissionais de saúde que os tentam ajudar se queixam da falta de material médico, medicamentos e até de alimentação. O caso de Uuwa, um índio yanomami de 23 anos, é paradigmático. Para pedir ajuda médica, o jovem tem que caminhar 12 horas até à comunidade mais próxima com acesso ao rio, e daí navegar mais seis horas para chegar a uma povoação onde funciona um rádio que comunica com o hospital de Puerto ayacucho, no estado do amazona, no sul do país. a partir desse momento, só a sorte determinará se a ajuda chega ou não, conforme relatou ao jornal El País. Tudo dependerá se há algum voo militar previsto, se o médico pode fazer a viagem, se as autoridades conseguem reunir os medicamentos necessários. E este ano, três dos seus familiares já morreram à espera de um tratamento para travar a malária. Em janeiro, o Parlamento venezuelano declarou uma crise humanitária de saúde perante a falta de fármacos e as más condições dos hospitais a nível nacional, uma realidade que atinge de forma mais grave as zonas indígenas pela distância e pelo isolamento. Temos um problema grave de saúde. O ambulatório não tem medicamentos e há cinco anos começaram a construir um Centro de atenção Imediata, mas a obra está paralisada e incompleta. Podemos dizer que nada funciona, os médicos não têm alimentos, não chega combustível e a ambulância fluvial está fora de serviço, assim como a terrestre. E na maioria dos ambulatórios instalados nas comunidades, só há pessoal de enfermaria, lamenta Pedro Dacosta, líder da etnia Kurripaco, que habita na região do Delta amacuro.