Publicação pretende auxiliar no combate às infeções cirúrgicas, que resistem à ação dos antibióticos e ameaçam a vida de milhões de pessoas todos os anos. Em África, 20 por cento das mulheres que fizeram uma cesariana contraí­ram uma infeção
Publicação pretende auxiliar no combate às infeções cirúrgicas, que resistem à ação dos antibióticos e ameaçam a vida de milhões de pessoas todos os anos. Em África, 20 por cento das mulheres que fizeram uma cesariana contraí­ram uma infeção a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou esta semana um novo guia global para ajuda ao combate das infeções cirúrgicas, também conhecidas como super-bactérias. Nos países de baixos rendimentos, por exemplo, 11 por cento dos pacientes que sofrem qualquer tipo de cirurgia acabam infetados, o que coloca em risco a vida de milhões de pessoas todos os anos e contribui para o aumento da resistência aos antibióticos. Segundo a OMS, as infeções cirúrgicas representam um problema não só para os países pobres, mas também para os mais desenvolvidos. Em África, cerca de 20 por cento das parturientes que fizeram uma cesariana contraíram uma infeção, comprometendo a sua saúde e a do bebé. Mas nos Estados Unidos, as super-bactérias também se revelam devastadoras, ao prologarem o internamento dos pacientes, com custos anuais de mais de 800 milhões de euros. No novo guia, a organização faz 29 recomendações que devem ser seguidas pelos hospitais e pessoal médico, antes, durante e depois das operações. Entre as sugestões, os doentes são aconselhados a tomar sempre um banho antes da intervenção cirúrgica e, no caso dos homens, não devem ser barbeados para evitar cortes no rosto. Ninguém deveria ficar doente enquanto procura ou recebe tratamento, sublinha a diretora-geral assistente da OMS, Marie-Paule Kieny.