Balanço da última década revela que se registou, em média, uma morte por semana. Na maioria dos casos, os responsáveis pela morte dos profissionais da comunicação não foram punidos
Balanço da última década revela que se registou, em média, uma morte por semana. Na maioria dos casos, os responsáveis pela morte dos profissionais da comunicação não foram punidos a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) revelou esta quarta-feira, 2 de novembro, que na última década foram mortos mais de 800 jornalistas em todo o mundo, por causa das suas reportagens. Estes dados representam, em média, uma morte por semana, sendo que em 90 por cento dos casos, os responsáveis pelas mortes não foram punidos. a impunidade leva a mais assassinatos e é geralmente um sintoma da piora de um conflito ou da falência do sistema judiciário, afirmaram os responsáveis da organização, numa declaração destinada a assinalar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade para Crimes contra Jornalistas. Segundo dados do Comité para Proteger Jornalistas, só este ano foram assassinados 52 profissionais da imprensa, o que significa que já se registou o triplo do número de mortes do verificado nos anos anteriores. Neste sentido, é feito um apelo aos governos, sociedade civil, imprensa e todos os preocupados em garantir o Estado de Direito para que participem nos esforços para acabar com a impunidade. Um relatório da UNESCO indica que menos de sete por cento dos assassinatos de jornalistas foram esclarecidos, entre 2006 e 2013. Para a diretora-geral da organização, Irina Bokova, a impunidade causa danos a toda a sociedade, cobrindo sérios abusos de direitos humanos, corrupção e crimes.