O autodenominado Estado Islâmico está a tentar transferir à força dezenas de milhares de civis para a proximidade desta cidade iraquiana, inclusive perto das suas instalações militares, tornando-os alvos da ofensiva de Bagdad para recuperar a cidade
O autodenominado Estado Islâmico está a tentar transferir à força dezenas de milhares de civis para a proximidade desta cidade iraquiana, inclusive perto das suas instalações militares, tornando-os alvos da ofensiva de Bagdad para recuperar a cidadeÉ o regresso de uma prática já usada noutras guerras no Médio Oriente: o uso de civis como escudos humanos. O gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (aCNUDH) denunciou, na terça-feira, 1 de novembro, que o autodenominado Estado Islâmico (EI) tentou a transferência forçada de cerca de 25 mil civis para locais e em redor de Mossul. Os voos da coligação que patrulham a área frustraram o esforço dos terroristas, mas alguns autocarros alcançaram a localidade de abusaif, 15 quilómetros ao norte da cidade de Hamam al-alil, ao sul de Mossul, com civis a bordo. Temos graves preocupações com a segurança destes [civis] e das dezenas de milhares de outros civis que teriam sido recolocados à força pelo EI nas últimas duas semanas, sublinhou a porta-voz do aCNUR, Ravina Shamdasani. O EI conduziu dezenas de camiões longos e mini-autocarros para a cidade de Hamam al-alil, com muitos civis forçados, mas a maioria destes veículos foram impedidos de prosseguir em direção a Mossul pelos aviões da coligação. Segundo a porta-voz do aCNUDH foi observado um padrão: o EI estava a levar as pessoas para cada vez mais perto da cidade de Mossul e a colocá-las nas proximidades dos seus postos e instalações militares que poderiam ser alvos de ataque.