Dois brasileiros foram sentenciados a longas penas de cadeia pelo assassínio da religiosa norte-americana, uma activista dos direitos humanos.
Dois brasileiros foram sentenciados a longas penas de cadeia pelo assassínio da religiosa norte-americana, uma activista dos direitos humanos. a irmã Dorothy Stang dava o seu apoio aos pobres agricultores contras os grandes fazendeiros e as empresas que exploram a madeira.
Rayfran das Neves Sales foi considerado culpado de assassinar a religiosa de 73 anos com seis disparos numa estrada lamacenta da floresta tropical. Foi sentenciado a 27 anos de prisão, e o seu cúmplice, Clodoaldo Carlos Batista, a 17 anos.
O procurador espera que as sentenças abram o caminho para que três outros homens sejam julgados por planear e pagar pela morte da religiosa. Estão detidos e esperam julgamento em 2006, acusados de oferecer mais de 15. 000 euros aos assassinos.
Este caso é visto como um teste à capacidade, e vontade, das autoridades brasileiras para lutar contra a violência na floresta amazónica. as disputas entre os camponeses, os fazendeiros e os madeireiros são muitas vezes resolvidas com violência.
No Brasil, mais de 770 activistas dos direitos humanos e do direito à terra foram mortos nos últimos 30 anos, mas não há mais de 10 condenações no mesmo período de tempo. Stang foi morta a 12 de Fevereiro perto da remota cidade de anapu, estado do Pará, uma zona notória pela corrupção e pela violência relacionada com a terra.