Fosso entre homens e mulheres na educação, saúde, oportunidades económicas e poder político situou-se este ano em 59 por cento, o maior í­ndice, desde 2008, segundo o Fórum Económico Mundial
Fosso entre homens e mulheres na educação, saúde, oportunidades económicas e poder político situou-se este ano em 59 por cento, o maior í­ndice, desde 2008, segundo o Fórum Económico Mundial a igualdade de género poderá demorar 170 anos a atingir, tendo em conta os recuos drásticos nesta matéria, segundo um estudo do Fórum Económico Mundial (FEM) revelado esta semana, que analisou as diferenças entre homens e mulheres nos campos da educação, saúde, oportunidades económicas e poder político. No relatório, fica claro que continuam a haver grandes diferenças nas oportunidades para as mulheres nos países menos desenvolvidos. a nível global, a análise comparativa ao progresso para a paridade entre homens e mulheres, concluiu que o fosso entre géneros se situou este ano em 59 por cento, o valor mais alto desde 2008. Estes resultados refletem o estado atual do progresso e servem como uma chamada de atenção para os responsáveis políticos e outras entidades para redobrarem os esforços para acelerar a igualdade de género, alertou Saadia Zahidi, da comissão executiva do FEM. Na origem deste retrocesso, segundo os investigadores, está uma série de fatores. E um deles é o salário. Em geral, as mulheres de todo o mundo recebem em média pouco mais de metade do que ganham os homens, apesar de trabalharem mais horas, tanto fora de casa como dentro dela. Outro dos problemas é a estagnação da taxa de população ativa, em que a média mundial de mulheres é de 54 por cento, contra 81 por cento dos homens. O estudo assinala ainda que num momento que as mulheres, em média, apenas beneficiam de dois terços do acesso à saúde, educação, participação económica e representação política, que têm os homens, surgem vários países que começam a disputar a tradicional hegemonia das nações nórdicas na tabela da igualdade de género. Os quatro países mais bem classificados nesta lista são a Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia, surgindo em quinto lugar o Ruanda, à frente de nações como a alemanha, Suíça ou França. Portugal ocupa a 46a posição neste ranking mundial.