Governo retirou autorizações aos grupos de direitos humanos e a várias organizações não governamentais, alegando que contribuem para incitar ao ódio e para denegrir a imagem do país
Governo retirou autorizações aos grupos de direitos humanos e a várias organizações não governamentais, alegando que contribuem para incitar ao ódio e para denegrir a imagem do país as organizações não governamentais e de defesa dos direitos humanos, frequentemente acusadas de tomar partido contra o governo do Burundi, foram proibidas de trabalhar no país, com a justificação que estão a incitar ao ódio e a denegrir a imagem da nação. Em causa estão algumas tomadas de posição relacionadas com a crise política que se arrasta desde o ano passado, por causa da eleição do Presidente Pierre Nkurunziza para um terceiro mandato. Entre as organizações consideradas agora ilegais consta a associação para a Proteção dos Direitos Humanos e de Pessoas Detidas (aPRODH, na sigla em inglês), liderada pelo ativista Pierre Claver Mbonimpa, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato o ano passado, por homens armados não identificados. Mbonimpa refugiou-se na Europa, onde continua até hoje. O ativista, à semelhança de outros que trabalham no Burundi, criticaram o Presidente por querer um terceiro mandato, acusando-o de violar a constituição e um acordo de paz que terminou em 2005, e acusaram o Estado e as forças de segurança de abusos de direitos humanos. Mas todas as críticas e acusações foram refutadas pelo governo.