a ajuda Pública ao Desenvolvimento de Portugal voltou a descer pelo quarto ano consecutivo, segundo o mais recente relatório da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais de ajuda Humanitária e Desenvolvimento
a ajuda Pública ao Desenvolvimento de Portugal voltou a descer pelo quarto ano consecutivo, segundo o mais recente relatório da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais de ajuda Humanitária e DesenvolvimentoO ano passado, a verba canalizada por Portugal para projetos de desenvolvimento, registou uma quebra de 16,1 por cento, em relação a 2014, e confirmou a tendência para a redução deste tipo de investimento que se tem verificado nos últimos quatro anos, revela o 11º Relatório da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais de ajuda Humanitária e Desenvolvimento (Concord), divulgado esta quarta-feira, 26 de outubro. De acordo com o documento, citado pela agência Lusa, a ajuda Pública ao Desenvolvimento (aPD) tinha caído 14 por cento em 2014, 20,4 por cento em 2013, enquanto em 2012 a queda foi de 11,3 por cento. Desde 2011, a queda já atingiu os 65% por cento. Neste sentido, os responsáveis da Concord recomendam ao governo que defina compromissos realistas e atingíveis para os níveis de aPD, por forma a atingir o objetivo de chegar aos 0,35 por cento do Rendimento Nacional Bruto (RNB) em 2020. Dado que os projetos de cooperação delegada – executados por Portugal, mas financiados com verbas comunitárias – têm cada vez mais peso na ajuda bilateral em países parceiros, os representantes da Confederação alertam que o país não pode reduzir a sua cooperação para o desenvolvimento a um papel de um prestador de serviços a outros países. Em relação à União Europeia, o relatório refere ter sido falhado o compromisso para 2015 de gastar 0,7 por cento do RNB na ajuda ao Desenvolvimento, realçando que apenas seis Estados-membros cumpriram as metas com que se tinham comprometido: Dinamarca, Holanda, Luxemburgo, Suécia e Reino Unido.