Mais de metade das crianças cabo-verdianas com menos de cinco anos tem a doença, o que revela as carências de segurança alimentar e nutricional que ainda se fazem sentir no país
Mais de metade das crianças cabo-verdianas com menos de cinco anos tem a doença, o que revela as carências de segurança alimentar e nutricional que ainda se fazem sentir no país O ministro da agricultura e ambiente de Cabo Verde, Gilberto Silva, admitiu esta semana que a anemia continua a ser um problema sério de saúde pública no país, depois de ter sido revelado um estudo que estima que 52 por cento das crianças com menos de cinco anos sofrem da doença. No documento, é referido que apesar de Cabo Verde ter registado melhorias enormes, ter conseguido aumentar a produção de alimentos e a sua capacidade em fazer face a oscilações e crises, as vulnerabilidades ao nível da segurança alimentar e nutricional continuam a ser grandes. O estudo revela ainda, que à semelhança de outrospaíses em desenvolvimento, as estruturas alimentares assentam no elevado consumo de cereais, lípidos, leite e pescados. Em contrapartida, a carne continua com consumos muito baixos. Os técnicos desta área são de opinião que Cabo Verde se encontra na face de transição nutricional onde coexistem situações de diminuição de desnutrição e um aumento do excesso de peso. Consequentemente, tem-se registado um aumento de doenças crónicas não transmissíveis, tais como a obesidade, a hipertensão, diabetes, entre outras, precisou o ministro, citado pelas agências internacionais.