Primeiro estudo global ao trabalho destas profissionais conclui que a maioria recebe salários baixos, sofre de constantes assédios e não se sente segura no local de trabalho, o que se reflete na qualidade dos cuidados que prestam
Primeiro estudo global ao trabalho destas profissionais conclui que a maioria recebe salários baixos, sofre de constantes assédios e não se sente segura no local de trabalho, o que se reflete na qualidade dos cuidados que prestam a Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de concluir o primeiro estudo global com parteiras de 93 países, desenvolvido em parceria com a Confederação Internacional das Parteiras, em que participaram 2,4 mil profissionais. Um quinto das inquiridas disse depender de outras fontes de rendimento para sobreviver, o que acrescenta mais pressão e exaustão ao seu trabalho. No relatório final da pesquisa é revelado que a maioria das parteiras relatou sofrer assédio, falta de segurança e medo da violência. Muitas das profissionais queixaram-se ainda dos baixos salários, do isolamento cultural e da carga horária excessiva, o que se traduz negativamente na autoestima e na capacidade de fornecerem cuidados de qualidade para mães e bebés. Para o diretor de Saúde Materna da OMS, anthony Costello, chegou a hora de reconhecer o papel vital das parteiras para a sobrevivência de mães e de bebés, proporcionando-lhes melhores condições de trabalho, incluindo salários mais adequados, seguro saúde e previdência. Todos os anos morrem mais de 300 mil mulheres durante o parto e 2,7 milhões de bebés nos primeiros 28 dias de vida. Costello lembra que as parteiras capacitadas são essenciais para prevenir essas mortes.