Diretora-geral da Organização Mundial de Saúde apela a um «aumento maciço dos esforços» para erradicar a doença até 2030, conforme havia sido proposto pelos vários governos a nível mundial
Diretora-geral da Organização Mundial de Saúde apela a um «aumento maciço dos esforços» para erradicar a doença até 2030, conforme havia sido proposto pelos vários governos a nível mundial ao contrário do que se pensava, a tuberculose continua a afetar milhões de pessoas em todo o mundo. Só o ano passado, foram diagnosticados 10,4 milhões de novos casos, sendo que 60 por cento se registaram apenas em seis países: Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul. Estes dados constam do mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), que apela a um esforço maior dos governos para prevenir, detetar e tratar a doença. Segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, para que se alcancem as metas propostas para erradicação da tuberculose, até 2030, é necessário mais financiamento e um compromisso político mais forte, por forma a conseguir reduzir o número de mortes causado pela doença em 90 por cento e diminuir a quantidade de novos casos para pelo menos 80 por cento. Uma das medidas principais para atingir estes objetivos passa por combater as desigualdades entre países, no que respeita ao acesso ao diagnóstico e ao tratamento. a tuberculose continua a ser uma das 10 doenças que mais matam no mundo, apesar da taxa de mortalidade ter caído 22 por cento, entre 2000 e 2015. O ano passado 1,8 milhões de pessoas morreram da doença. Quanto à redução do número de casos, quase não se têm notado melhorias: registou-se uma redução de 1,5 por cento entre 2014 e 2015, mas esse índice precisa subir para cinco por cento até 2020 se os países quiserem alcançar as metas propostas pela OMS.com a resistência aos antibióticos a complicar a eficácia dos tratamentos, a OMS recomenda a utilização de testes rápidos e de novos medicamentos. O plano para 2016 era conseguir cerca de 7,5 mil milhões de euros para o combate à doença, mas os países de baixos rendimentos têm um défice de 1,8 mil milhões de euros. Perante este cenário, a agência das Nações Unidas estima que será necessário um extra anual de 900 milhões de euros para acelerar o desenvolvimento de novas vacinas, diagnósticos e medicamentos.