análise aos acidentes ocorridos nos últimos 20 anos revela que 90 por cento das mortes se registaram em países de médios e baixos rendimentos. O desastre mais mortal neste período foi o terramoto do Haiti, em 2010
análise aos acidentes ocorridos nos últimos 20 anos revela que 90 por cento das mortes se registaram em países de médios e baixos rendimentos. O desastre mais mortal neste período foi o terramoto do Haiti, em 2010 O estudo das consequências de mais de sete mil desastres naturais registados nas últimas duas décadas, que causaram a morte a cerca de 1,3 milhões de pessoas, mostra que 90 por cento dessas mortes ocorreram em países com poucos rendimentos e que os sismos e os tsunamis são os que causam mais vítimas fatais, informaram os serviços da ONU, esta quinta-feira, 13 de outubro, data em que se assinala o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres. Para o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o relatório é uma espécie de acusação grave à desigualdade, pois nos países mais desenvolvidos os desastres provocam grandes perdas económicas, mas nos países mais pobres, as pessoas pagam com as suas vidas. O fenómeno mais mortal dos últimos 20 anos foi o terramoto de janeiro de 2010, no Haiti, onde morreram mais de 220 mil pessoas. Seguiu-se o sismo e tsunami na Indonésia, em dezembro de 2004, com mais de 165 mil mortos, e o ciclone Nargis, em Mianmar, em maio de 2008, como mais de 138 vítimas mortais. a poucas semanas do início da conferência climática COP 22, em Marraquexe, Marrocos, o relatório destaca que o número de desastres relacionados com o clima mais do que duplicou nos últimos 40 anos: de 3. 017 entre 1976 e 1995 para 6. 391 entre 1996 e 2015. Ironicamente, a grande maioria das mortes relacionados com o clima ocorrem em países de rendimentos baixos e médios, que menos contribuem com a emissão de gases de efeito estufa, sublinhou o representante especial do secretário-geral da ONU para a Redução do Risco de Desastres.