a dedicação a Deus não é apenas ter muita informação sobre Ele, mas conseguir transformar-se em discí­pulo, que não teme nem se envergonha de seguir e falar de Jesus, diz o cardeal Pietro Parolin
a dedicação a Deus não é apenas ter muita informação sobre Ele, mas conseguir transformar-se em discí­pulo, que não teme nem se envergonha de seguir e falar de Jesus, diz o cardeal Pietro Parolin a quantidade de informação sobre Deus não é sinónimo de um conhecimento profundo da sua proposta de vida, que apela a que o ser humano se faça artífice de justiça, paz, amor e solidariedade. Esta foi a interpelação deixada em Fátima, esta quarta-feira, 12 de outubro, pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin. a “pessoa modelo”deste terceiro milénio globalizado é a “pessoa informada”. Neste horizonte, poder-se-ia pensar que a nossa dedicação a Deus coincidisse com a quantidade de informações que temos sobre Ele e o seu Cristo. Mas não é assim. Enquanto a pessoa informada se preocupa com armazenar em si mesma a maior quantidade de informações, fazendo deste tesouro o metro para se medir a si mesma, à sociedade e ao mundo, a pessoa de fé preocupa-se com sair de si mesma e apostar em Cristo, porque faz d”Ele o tesouro e o metro para medir a existência, afirmou o cardeal, perante os milhares de peregrinos que se concentraram no Santuário de Fátima. aproveitando o cenário único proporcionado pela luz das velas da assembleia, Parolin recordou que a vida cristã é uma contínua dedicação ao Senhor, ao seu reino, ao seu Evangelho. E que a participação na peregrinação internacional aniversária, a última antes da anunciada visita do Papa, deve servir para redescobrir a alegria dessa dedicação. Precisamos de nos reconciliar com a santidade. Sem ela, somos “pedras, mas não “vivas”; somos “pedras mortas”. a pessoa dedicada a Deus torna a sua vida sinal e instrumento da misericórdia; leva no seu coração e no seu corpo a cruz do Senhor, testemunho, não de um Deus ameaçador, mas de um Deus que quer a todo custo que o ser humano se faça artífice de justiça, paz, amor e solidariedade, sublinhou o purpurado.