Mercado mundial do tráfico de espécies da fauna e flora movimenta 232 mil milhões de euros por ano e, por norma, é associado à caça de elefantes e ao roubo de orquí­deas, mas cada vez mais é comum o furto de espécies raras de plantas
Mercado mundial do tráfico de espécies da fauna e flora movimenta 232 mil milhões de euros por ano e, por norma, é associado à caça de elefantes e ao roubo de orquí­deas, mas cada vez mais é comum o furto de espécies raras de plantas O comércio ilegal de recursos naturais está a contribuir para a extinção de espécies de plantas selvagens e a privar muitas comunidades de obterem o seu sustento e os governos de receberem rendimentos, alerta a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTaD, na sigla em inglês). Segundo a agência da ONU, só nos Estados Unidos da américa são apreendidas por ano 5,6 mil plantas traficadas. O negócio ilegal de espécies da fauna e flora movimenta anualmente cerca de 232 mil milhões de euros, sendo cada vez mais comum o roubo de espécies raras de plantas, que depois são vendidas de forma ilegal pela sua beleza ou pelas propriedades medicinais. a UNCTaD promoveu um estudo sobre orquídeas e cicadáceas da américa Latina, e outro sobre plantas medicinais da Ásia. as conclusões revelaram inconsistências nos dados sobre exportações e importações, com discrepâncias de 20 por cento no comércio de orquídeas e 33 por cento no comércio de cicadáceas. No caso do comércio das lascas da madeira agar, usada em perfumes e na medicina tradicional chinesa, o Laos, por exemplo, não reportou nenhuma transação de exportação entre 2005 e 2014. Mas a agência tem a confirmação de países da Ásia que terão importado mais de 15 toneladas de lascas da madeira, vindas do Laos. Sem dados concretos sobre o que realmente aconteceu, a UNCTaD suspeita estar perante mais uma situação de comércio ilegal de espécies.