Dos 103 milhões de jovens indianos sem os níveis mínimos de alfabetização, mais de 60 por cento são mulheres, segundo a organização não governamental «Sorrisos de Bombaim»
Dos 103 milhões de jovens indianos sem os níveis mínimos de alfabetização, mais de 60 por cento são mulheres, segundo a organização não governamental «Sorrisos de Bombaim» a desigualdade de género continua a ser um problema por resolver em todo o mundo, em especial na Índia, onde a taxa de alfabetização dos homens era de 82 por cento, em 2011, em contraste com a das mulheres, que rondava os 65 por cento, revelou esta semana a organização não governamental Sorrisos de Bombaim. Segundo os responsáveis da organização, na Índia, a maior parte dos menores abandona os estudos aos 11 anos para trabalhar, cuidar da casa ou da família, ficando assim impedidos de completar a educação básica e de aproveitar as oportunidades que lhes possam ser apresentadas. Na cidade de Bombaim, por exemplo, mais de 60 por cento dos 20 milhões de habitantes vive em bairros de lata em condições de exclusão social, onde a violação de direitos humanos é comum, com especial incidência nas mulheres. Para evitar a manutenção deste entrave no combate à pobreza, os dirigentes da Sorrisos de Bombaim pedem uma mudança de paradigma, em que as jovens passem a ser agentes de mudança, num clima de desenvolvimento sustentável onde não exista lugar para a miséria.