Muitas pessoas na Eritreia são presas por pertencer a uma religião que não tenha reconhecimento oficial.
Muitas pessoas na Eritreia são presas por pertencer a uma religião que não tenha reconhecimento oficial. a amnistia Internacional (aI) denunciou que nos últimos três anos pelo menos 26 pastores e padres, uns 1750 membros de igrejas evangélicas e dúzias de muçulmanos foram detidos pelo governo. Muitos foram torturados e numerosos lugares de culto foram fechados.
No relatório Eritreia ” Perseguição religiosa, a aI documentou 44 casos de perseguição por motivos religiosos que aconteceram desde 2003. as autoridades violam o direito à liberdade de religião, de crença e de consciência. algumas pessoas, que seguem religiões que carecem de reconhecimento oficial, receberam penas de prisão por parte de um comité de segurança secreto, sem direito a representação legal ou apelo.
“Todos os que foram detidos devido às suas crenças religiosas têm que ser imediatamente libertados. a situação é crí­tica e estamos extremamente preocupados pela segurança e bem-estar de centenas de pessoas que enfrentam esta realidade na Eritreia”, disse Kolawole Olaniyan, director da aI para a África.
a detenção de indivíduos devido às suas crenças religiosas é parte da negação do direito à liberdade de expressão e associação na Eritreia. Em 2002, o governo ordenou que todas as religiões não registadas fechassem os seus lugares de culto e não praticassem a sua religião até que fossem aprovadas. Só quatro religiões foram imediatamente reconhecidas: a igreja Ortodoxa, a Católica, a Luterana e o Islão. Desde então nenhum grupo religioso minoritário conseguiu reconhecimento oficial.