Pode um encontro ser o início de uma aventura entusiasmante? Sim, se houver boa vontade, abertura e disponibilidade para escutar e partilhar. aconteceu entre fiéis budistas e católicos na Coreia do Sul.
Pode um encontro ser o início de uma aventura entusiasmante? Sim, se houver boa vontade, abertura e disponibilidade para escutar e partilhar. aconteceu entre fiéis budistas e católicos na Coreia do Sul. a 13 de Novembro passado, teve lugar o primeiro encontro entre membros do grupo Comunidade de Consolação, dos Missionários da Consolata, e os membros de um templo budista, aqui bem perto. após dois anos de contactos com o monge Song Won, responsável do templo de Wongak, foi finalmente possível realizar este primeiro encontro informal, quel esperamos seja o início de uma aventura frutífera.
a preocupação não é tanto abordar o diálogo a nível de líderes – um nível formal e acessível somente a alguns – mas sim a um nível mais informal, de base, acessível a todos. Os fiéis de várias religiões poderão encontrar-se e trocar experiências, amizade e perspectivas sobre várias temáticas.
após uma recepção calorosa, seguiu-se uma longa conversa centrada na vivência prática e diária da fé de cada religião. Em relação à fé católica, as questões mais comuns estiveram relacionadas com a Eucaristia, o sentido da confissão e o conteúdo de algumas orações mais comuns. as perguntas foram muitas e o tempo não permitiu respostas exaustivas. Cristãos e budistas ficaram a conhecer-se mutuamente um pouco melhor e ficou a promessa de outros encontros no futuro. O encontro concluiu-se com um delicioso tok-kuk (sopa de massa de farinha de arroz), preparado pelas senhoras budistas.
É o primeiro de muitos passos a dar nesta difícil tarefa do diálogo inter-religioso. Budistas, confucionistas, budistas Won – ramo coreano do budismo -, e outros, não estão minimamente interessados em dialogar. De facto, quando se fala de diálogo fala-se de encontros a alto nível e relativos a temas pontuais, como a paz, a reconciliação e reunificação das duas Coreias, entre outros. É uma tarefa árdua. Os Missionários da Consolata estão convencidos de que o diálogo é uma das novas e mais importantes fronteiras da missão, sobretudo aqui na Ásia.
Álvaro Pacheco, missionário da Consolata na Coreia do Sul
Foto: Monge Song Won