a Ucrânia sujeita regularmente os imigrantes e os que procuram asilo a abusos, incluindo detenções em condições inumanas, violência, extorsão, roubo e regressos forçados.
a Ucrânia sujeita regularmente os imigrantes e os que procuram asilo a abusos, incluindo detenções em condições inumanas, violência, extorsão, roubo e regressos forçados. O Observatório dos Direitos Humanos (HRW) publicou um relatório sobre o tratamento dado aos imigrantes e aos exilados na Ucrânia. a publicação acontece na véspera da cimeira entre este país e a União Europeia (UE).
a UE está a contribuir para o aumento deste problema exercendo pressão sobre o governo ucraniano para que previna a entrada de imigrantes na UE e para aceitar o regresso dos que conseguiram passar a fronteira. Espera-se que a imigração seja um assunto importante na cimeira que vai decorrer amanhã em Kiev.
” a Ucrânia está a falhar na protecção dos direitos dos imigrantes”, disse Holly Cartner, directora do HRW para a Europa e a Ásia Central. “Em vez de pressionar o governo ucraniano para aceitar o regresso de cada vez mais imigrantes, a UE precisa de ajudar a Ucrânia a enfrentar esses sérios problemas”.
O relatório “Nas margens ” Ucrânia: violações dos direitos contra imigrantes e pessoas que procuram asilo na nova fronteira oriental da União Europeia”, documenta a rotina de detenções em muito más condições, incluindo o alojamento e vestuário inadequado, pouco ou nenhum acesso a ar fresco, exercício e tratamento médico.
Também é documentado o abuso fí­sico e verbal, o roubo e a extorsão de que são vítimas os detidos. Muitas vezes não têm acesso a apoio legal e são incapazes de aplicar para a sua libertação. O sistema de asilo praticamente não funciona, levando ao regresso forçado a países onde enfrentam tortura e perseguição.
além disso, está documentado o recurso aos acordos entre a Ucrânia e os países vizinhos que pertencem à UE para regressar aos países de origem os imigrantes e os que procuram asilo, sem determinar se precisam de protecção como refugiados ou por questões de direitos humanos.