Os três católicos condenados à morte pela violência que atingiu Poso no ano 2000 são inocentes e não devem ser executados, disse o bispo de Manado.
Os três católicos condenados à morte pela violência que atingiu Poso no ano 2000 são inocentes e não devem ser executados, disse o bispo de Manado. O bispo Josef Suwatan afirmou: Eu penso que Fabianus Tibo, Marianus Riwu e Dominggus da Silva não são os líderes dos motins de Poso. Eles são vítimas dos confrontos. Na minha opinião, a sentença de morte não é adequada para eles. a diocese de Manado inclui a cidade de Poso, onde os conflitos entre cristãos e muçulmanos provocaram duas mil mortes. até agora, nenhum muçulmano foi julgado por ter tomado parte na violência.
O tribunal Distrital de Palu condenou Tibo e os seus dois amigos à morte, ao declará-los culpados do assassínio de muçulmanos no Poso entre Maio e Junho 2000, que deram início aos confrontos entre as duas comunidades. a pena de morte foi confirmada pelo Tribunal Central Sulawesi em Maio 2001 e em Novembro pelo Supremo Tribunal de Jacarta. a 10 de Novembro o presidente Susilo Bambang Yudhoyono recusou o pedido de clemência.
a execução ainda não foi marcada. Para muitos indonésios, o julgamento dos três católicos foi controverso, podendo sentir-se a intimidação por parte dos fundamentalistas islâmicos. alguns observadores alegam que o júri não tinha alternativa.
O bispo Suwatan disse que os três homens eram pessoas simples e analfabetas, que migraram da ilha das Flores para o Poso, em busca de uma vida melhor. Segundo o prelado, os católicos não tomaram parte nos confrontos, foram vítimas dos motins que queimaram totalmente a igreja católica de Santa Teresa, a casa paroquial, um convento e escolas católicas.
O secretário do prelado, padre Lengkong, disse que ao ouvir a notícia de que o pedido de clemência tinha sido recusado, o bispo foirezar pelas três pessoas e pelas suas famílias. E acrescentou que a diocese dá apoio moral às famílias e reza pela comutação da pena.
O pároco de Santa Teresa, Jimmy Tumbelaka, visita frequentemente os três prisioneiros. Também se encontrou com Hasyim Muzadi, presidente da maior organização muçulmana da Indonésia, que se declarou favorável à causa dos três jovens. O padre Tumbelaka pretende dirigir-se ao núncio apostólico na Indonésia, monsenhor Malcolm Ranjith, para ver o que pode ser feito.