adolfo Pérez Esquivél, activista dos direitos humanos argentino galardoado com o Prémio Nobel da Paz, fez um inflamado discurso na abertura da Cimeira.
adolfo Pérez Esquivél, activista dos direitos humanos argentino galardoado com o Prémio Nobel da Paz, fez um inflamado discurso na abertura da Cimeira. Nós não somos países pobres: mas países ricos que empobreceram. Países que foram saqueados e violados. Temos que questionar-nos: Porquê? Porque existem essas doenças na África, na américa Latina, na Ásia? Porquê 35 mil crianças morrem de fome cada dia, segundo o último relatório da Organização para a agricultura e a alimentação? Se não formos à origem do problema nada vai mudar, disse adolfo Pérez Esquivél.
Este foi o seu discurso de abertura para a VI Cimeira dos galardoados com o Prémio Nobel da Paz, a decorrer em Roma e dedicada ao tema: Emergência africana, da atenção para a acção.
Hoje falamos do terrorismo islâmico: tenham cuidado porque o Islão não é terrorista, tal como o cristianismo não é terrorista. Só alguns muçulmanos, tal como alguns cristãos e agnósticos são terroristas, disse Pérez Esquivél. E acrescentou: a verdade é que há um terrorismo de que ninguém fala, o terrorismo económico. a África não é pobre, é rica em ouro e diamantes, mas alguém leva esses recursos. alguém está a levar a riqueza do nosso povo. De que estamos a falar? Vamos deixar a hipocrisia.
Esquivél fez uma referência específica aos Estados Unidos: não é verdade que eles não tenham encontrado o seu objectivo. Encontraram, e é um objectivo imperial sobre o mundo.
De acordo com Pérez Esquivél, a África hoje é uma situação de emergência, mas poderíamos dizer que o planeta, a terra, está a viver a emergência da humanidade. O sul não quer caridade, pede o direito de viver com dignidade e partilhar pão com todos os povos.