a denúncia é de duas organizações sindicais espanholas, que acusam o executivo comunitário de «estabelecer um preço» para um direito fundamental, como é o do asilo
a denúncia é de duas organizações sindicais espanholas, que acusam o executivo comunitário de «estabelecer um preço» para um direito fundamental, como é o do asilo a proposta apresentada pela União Europeia (UE) que oferece aos Estados-membros a possibilidade de pagarem no caso de não quererem acolher refugiados já mereceu as críticas da União Geral de Trabalhadores (UGT) espanhola, e da Confederação Sindical das Comissões de Trabalhadores (CC. OO). Os responsáveis das duas organizações sindicais consideram que o executivo comunitário está a estabelecer um preço para um direito fundamental, que é o do asilo, e a tratar os refugiados como mercadoria. a União Europeia cede perante os Estados-membros que não querem requerentes de asilo nem refugiados no seu território, ou seja, perante os que questionam e não respeitam o direito de asilo. Não interessa o preço que tenham que pagar por cada pedido de asilo que não aceitem: foi estabelecido um preço de 250 mil euros por pessoa e a UE concordou, afirmam os dirigentes da UGT, salientando, que com esta atitude, a Europa abre a porta à mercantilização deste e, no futuro, de outros direitos. Para os responsáveis da CC. OO, a UE está a propor comercializar a vida dos refugiados e a ignorar a proteção das pessoas, em troca de uma presumível sanção monetária aos países que não cumpram, mas sem estabelecer como se vai fazer esse controlo e, como tal, sem garantia de que será aplicada a punição. O que fica claro é que os países que se negavam receber refugiados vão poder continuar a fazê-lo sem nenhum impedimento, ou com uma multa, na pior das hipóteses, adiantam.