O número de pessoas que vivem com o ví­rus da sida é maior que nunca, revela um relatório das Nações Unidas.
O número de pessoas que vivem com o ví­rus da sida é maior que nunca, revela um relatório das Nações Unidas. a organização das Nações Unidas para a sida (UNaids) chegou à conclusão de que mais de 40 milhões de pessoas vivem com o vírus em todo o mundo, tendo cinco milhõessido infectadas no corrente ano. ao mesmo tempo advertiu sobre o aumento da epidemia na Europa Oriental e na Ásia.
No entanto foi detectada uma diminuição da incidência do vírus em certos grupos, incluindo nas trabalhadoras sexuais da Tailândia e do Cambodja, assim como nos seus clientes. Outros grupos em que se notam os efeitos da educação e dos esforços de prevenção são: os jovens do Uganda, os toxicodependentes da Espanha e do Brasil, e os homossexuais dos países ocidentais.
Mais de três milhões de pessoas perderam a vida por doenças relacionadas com a sida em 2005, dos quais mais de 500 mil eram crianças. Segundo o relatório a área mais atingida pelo vírus é a África Subsariana, onde vivem dois em cada três seropositivos.
O acesso aos tratamentos antiretrovirais para o VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) melhorou visivelmente. Já não é só nos países ricos da américa do Norte ou da Europa Ocidental que as pessoas que precisam de tratamento têm boas possibilidades de o receber. a cobertura em países como a argentina, o Brasil, o Chile e Cuba passa os 80 por cento, pode ler-se no relatório.
Mas a UNaids reconhece que o acesso aos tratamentos antiretrovirais continua a ser particularmente difícil para as pessoas dos países mais pobres do mundo. Na melhor das hipóteses, um em cada 10 africanos e um em cada sete asiáticos que precisam de tratamento antiretroviral estavam a recebê-lo a meados de 2005.
anton Kerr, da organização Christian aid (ajuda Cristã), pediu aos governos que contribuam mais para o Fundo Global contra a VIH/sida, a tuberculose e a malária. Numa conferência que decorreu em Setembro foi comunicada a necessidade de duplicar ao três mil milhões de euros doados até esse momento para financiar os programas de prevenção, tratamento e cuidados de 2006-2007.
Milhões de pessoas confiam nas promessas que foram feita pelos países mais poderosos do planeta, disse Kerr. No entanto, o escândalo de que não disponibilizem os auxílios prometidos para viabilizar o Fundo Global mostra que não estão a actuar suficientemente rápido para salvar as vidas das pessoas com quem se tinham comprometido. Promessas vazias equivalem a sentenças de morte. É preciso vontade política para pôr cobro a esta injustiça da saúde global e determinação actuar de modo válido, sem ser tentado pelo dogma e pelos preconceitos.