as reformas introduzidas pelo Papa Francisco nos processos de nulidade dos casamentos católicos tornaram esta possibilidade mais conhecida, o que contribuiu para o aumento do número de pedidos
as reformas introduzidas pelo Papa Francisco nos processos de nulidade dos casamentos católicos tornaram esta possibilidade mais conhecida, o que contribuiu para o aumento do número de pedidosOs tribunais eclesiásticos portugueses estão a registar uma maior afluência de pedidos de nulidade matrimonial, depois das alterações ao processo introduzidas pelo Papa Francisco, em vigor desde 8 de dezembro do ano passado, admitiu esta quinta-feira, 7 de abril, o cardeal-patriarca de Lisboa, no final da assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em Fátima. as pessoas não tinham tanta consciência de que isto é um caminho aberto, que até foi reforçado pelo Papa, ao pedir-nos para sermos mais claros para as pessoas em relação à verificação da nulidade dos matrimónios celebrados na Igreja Católica, e ao possibilitar a realização de processos mais simples e breves, com maior poder de decisão para os bispos diocesanos, disse Manuel Clemente. O tema foi debatido no encontro da CEP e contou com o contributo de monsenhor Carlos Morán Bustos, decano do Tribunal da Rota da Nunciatura de Madrid. Perante o aumento do número de pedidos e o conselho do Papa para que estes processos sejam tendencialmente gratuitos, o cardeal-patricarca assegurou que a Igreja portuguesa está a avançar no sentido de dotar os tribunais eclesiásticos dos meios necessários e que, até agora, não era por dificuldades de dinheiro que os processos não avançavam. Em antecipação à publicação da exortação apostólica a alegria do amor, que será tornada pública amanhã, 8 de abril, o presidente da CEP disse estar convicto que o documento pós-sinodal irá reforçar a necessidade de uma maior preparação para o matrimónio cristão, para que as pessoas saibam o que estão a pedir e se preparem para isso. Na assembleia, os bispos decidiram ainda destinar os ofertórios do próximo dia 24 para as graves e urgentes necessidades dos habitantes da Ucrânia, residentes nos dois lados da zona de guerra, e manifestar um voto de solidariedade para com os refugiados, que se veem confrontados com a ineficácia da comunidade europeia. Entre outros assuntos, esteve em análise também a forma de envolver todas as dioceses no acolhimento da Imagem Peregrina, na celebração do próximo dia 13 de maio, que incluirá a consagração das dioceses de Portugal a Nossa Senhora de Fátima, a ser proferida pelo cardeal-patriarca de Lisboa.