associação Portuguesa de apoio à vítima registou uma média de 63 crimes por dia em 2015, um número que significa um aumento de 13 por cento em relação aos últimos dois anos
associação Portuguesa de apoio à vítima registou uma média de 63 crimes por dia em 2015, um número que significa um aumento de 13 por cento em relação aos últimos dois anosOs dados divulgados esta terça-feira, 29 de março, pela associação Portuguesa de apoio à Vítima (aPaV), revelam um aumento do número de vítimas de crimes em 2015, e demonstram que as pessoas estão mais sensibilizadas para pedir ajuda e para tentar ultrapassar as consequências negativas de terem sido vítimas de crime e procurarem saber quais são os seus direitos e como exercê-los, de acordo com o presidente da instituição. Segundo João Lázaro, em declarações à agência Lusa, esta tendência de aumento do número de pessoas atendidas e apoiadas pela aPaV contraria uma tendência anterior, de há três, quatro anos provocada pela crise, que fez com que muitas vítimas de crime não procurassem ajuda e permanecessem no silêncio. O relatório refere que o ano passado foram denunciados 23. 326 casos de violência, sendo que 80 por cento estiveram relacionados com a violência doméstica. Seguiram-se os maus-tratos físicos (7. 507 casos) e os maus-tratos psíquicos (5. 167), que atingiram sobretudo mulheres (82,2 por cento), com idades entre os 25 e os 54 anos. Do total de vítimas que recorreram aos serviços da aPaV, 30 por cento eram casadas. a maioria (20,4 por cento) vivia em Lisboa, no Porto (12,1 por cento) e em Faro (9,5 por cento). Em mais de metade dos casos os agressores eram companheiros, ex-companheiros, cônjuges, ex-cônjuges, namorados e ex-namorados.