Como ”prémio” pelo trabalho pastoral desenvolvido pelos três primeiros missionários da Consolata em angola, o bispo da diocese de Viana convidou-os a fundar uma paróquia. Instituto estuda a abertura de duas novas missões no país africano
Como ”prémio” pelo trabalho pastoral desenvolvido pelos três primeiros missionários da Consolata em angola, o bispo da diocese de Viana convidou-os a fundar uma paróquia. Instituto estuda a abertura de duas novas missões no país africano a presença dos Missionários da Consolata em angola ainda não completou dois anos, mas o Superior Regional de Moçambique, Diamantino antunes, já antevê uma história com futuro para as missões em terras angolanas. Depois de uma visita ao país, o sacerdote constatou que a Igreja Católica está bem viva e ativa, pastoral e socialmente, o que oferece excelentes condições para a possível abertura de mais duas frentes de missão, ainda este ano. Para já, foram escolhidas duas dioceses como hipótese. a diocese de Caxito, não muito distante de Luanda, e a diocese de Luena, na província de Moxico, a cerca de 1. 250 quilómetros da capital. Luena encontra-se no extremo leste do país e faz fronteira com o Congo e a Zâmbia. Tem uma extensão de 223 mil quilómetros quadrados, duas vezes e meia maior que o território de Portugal, e apenas 750. 000 habitantes. É a maior diocese de angola e tem pouco mais de duas dezenas de sacerdotes, revela Diamantino antunes à Fátima Missionária. Mas enquanto não se toma uma decisão definitiva, as atenções continuam centradas na paróquia de Santo agostinho de Kapalanga, na periferia de Luanda, e no trabalho dos três jovens missionários – Silvestre Ogutu (queniano), Fredy Pérez (colombiano) e Dani Gonzalez (venezuelano). Quando os missionários chegam a um novo país, a prioridade é ir trabalhar nos lugares mais isolados, num contexto rural, onde tudo falta e é necessário começar do nada. a nossa experiência em angola é um pouco atípica. Optámos primeiro pela periferia urbana de uma grande cidade, Luanda, onde está concentrada cerca de metade da população angolana, devido à longa guerra civil que dilacerou o país, explica o missionário português. a capital angolana e a sua grande periferia conta com uma população de aproximadamente 8,3 milhões de habitantes. Depois de 2002, a zona urbana sofreu uma grande transformação, com a construção de novos prédios e grandes infraestruturas. O novo passou a conviver com o antigo, o rico com o pobre, o luxo com o lixo. É neste ambiente de contrastes que vivem os três missionários da Consolata. Habitam uma casa alugada, como a maior parte das famílias, e percorrem o imenso bairro de Kapalanga, a pé ou de transportes públicos, para conhecerem os fiéis e prestarem assistência religiosa nas sete capelas existentes no território. após um ano de trabalho pastoral, e como reconhecimento da maturidade da comunidade cristã que acompanham, o bispo da diocese de Viana, Joaquim Lopes, decidiu criar e entregar-lhes a nova paróquia de Santo agostinho de Kapalanga. E a população não se tem poupado a esforços para os ajudar a fortalecer a obra. Tudo quanto se tem realizado, tem-se feito com contribuições locais: a vedação do terreno da paróquia, a legalização dos terrenos das capelas e até a construção do salão-igreja que está concluído. O estado da paróquia é saudável e o seu crescimento é possível porque os fiéis sabem partilhar os seus bens, sublinha Diamantino antunes.