Se escolho viver uma vida com significado, preciso aprendê-la, conquistá-la e merecê-la. as derrotas, as vitórias, são apenas lições para a perfeição. E neste percurso, podemo-nos divertir a ser os melhores do mundo, sempre mais um pouco ” em equipa
Se escolho viver uma vida com significado, preciso aprendê-la, conquistá-la e merecê-la. as derrotas, as vitórias, são apenas lições para a perfeição. E neste percurso, podemo-nos divertir a ser os melhores do mundo, sempre mais um pouco ” em equipaUma prancha e vela de windsurf enfeitavam o palco do auditório. De pé ao lado da prancha, João, o atleta de vela sete vezes olímpico, parecia muito pequeno. Tinha uma pele marcada pelo sol, sorriso transparente, olhar vivo, tranquilo. Na assembleia, os alunos: jovens e adultos, cansados de um dia de trabalho, em busca de um sonho: concluir a escolaridade obrigatória. Todos conheciam o João pelos meios de comunicação social. Tê-lo na escola era um acontecimento importante. Os alunos eleitos para conversar com o João subiram ao palco. Cumprimentaram-se e Surpresa! Que mãos tão calejadas, as do João! Eram calos de quem insiste, insiste e nunca desiste. a conversa começou. João era pessoa de poucas palavras. Era mais de riso. Mas quando falava, dizia certezas, num misto de simplicidade e felicidade que queria partilhar. – João, como é ser-se um atleta tão importante?João deu uma gargalhada: bem, eu só tento o meu melhor. Nelson Mandela disse na ONU que se nos fazemos pequeninos, menores, não ajudamos ninguém, não ajudamos o mundo. ao nos libertarmos dos nossos medos, a nossa conquista ajuda a libertar o medo dos outros. a equipa com quem trabalho diariamente ajuda-me a ultrapassar os meus medos. as minhas vitórias são vitórias da equipa. – E quando não consegue bons resultados? Mais uma gargalhada, e com humor, brinca:- Isso aí, dói! E acontece muitas vezes. Nesses momentos, tento ver o resultado como uma lição, e aprender a lidar com os meus erros – com compaixão. Sei que não serei sempre vencedor. aprendi que todos os dias são dias para viver, intensamente, com vitórias ou com derrotas. Essa descoberta deu-me muita tranquilidade. O que insisto é em preparar-me no meu melhor e fazer o meu máximo. O resultado? aceito. Os interlocutores continuaram:- Ter uma profissão e simultaneamente ser atleta olímpico, obriga a fazer muitos sacrifícios?- Sacrifícios? Não! Ou melhor: sem dor e sem esforço, não há evolução, não há conquistas. Mas não sinto isso como sacrifício! É apenas persistência na luta pela perfeição. Esse esforço transforma-se em motivo de realização. João olhou a assembleia: olhares atentos, sonhadores. Sensibilizado, adiantou. – Vocês e eu, que diferenças veem? Eu vejo-nos a todos na mesma prancha, trabalhando pelos nossos objetivos. Definimos as conquistas que nos realizam e fazemo-las acontecer. Deixa de ser sacrifício, passa a ser realização. alguém da assembleia quis saber:- Para chegar a este nível de realização, por onde começar?- O meu começo foi assim – e ainda é assim: parar, refletir, aprender!Se escolho viver uma vida com significado, preciso aprendê-la, conquistá-la e merecê-la. as derrotas, as vitórias, são apenas lições para a perfeição. E neste percurso, podemo-nos divertir a ser os melhores do mundo, sempre mais um pouco – em equipa! Eu não dispenso isso. Fez-se um silêncio como se ninguém quisesse perturbar o momento.como se cada um se visse a velejar na sua prancha em busca dos seus sonhos – num mar cheio de velejadores, cruzando a meta, não importa em que lugar. E pelo caminho, a alegria de estarem em movimento, juntos, em equipa, contornando obstáculos e aproveitando ventos, em busca da perfeição.