O conselho de segurança das Nações Unidas vai adoptar uma resolução na próxima semana para pressionar a Etiópia e a Eritreia a respeitar o acordo de paz assinado em 2000.
O conselho de segurança das Nações Unidas vai adoptar uma resolução na próxima semana para pressionar a Etiópia e a Eritreia a respeitar o acordo de paz assinado em 2000. a propostade resolução, avançada pela Grécia, pede à Eritreia que ponha termo às restrições impostas aos voos dos helicópteros das Nações Unidas (ONU) e a outras actividades das forças de manutenção da paz.
ao mesmo tempo exige que a Etiópia aceite as normas de uma comissão internacional relativas à fronteira entre os dois países vizinhos. Pede ainda que ambas as partes recuem as suas tropas para as posições que tinham em Dezembro de 2004. Espera-se que a proposta seja votada nos próximos dias.
É uma situação perigosa, disse aos jornalistas o chefe das forças de manutenção da paz, Jean-Marie Guehenno, depois de relatar ao conselho de segurança os últimos acontecimentos. Não acreditamos que a guerra esteja iminente, mas acreditamos que o tipo de postura que as respectivas forças armadas estão a tomar crie uma situação muito instável e perigosa.
as forças de manutenção da paz da ONU vigiam uma zona de segurança entre os dois países, estabelecida pelo acordo de paz assinado há cinco anos, pondo termo a uma guerra que já matou mais de 70 mil pessoas.
ambos os países movimentaram tropas e armas para a fronteira, depois de a Eritreia proibir, a 5 de Outubro, o voo dos helicópteros da ONU no seu território e impndo outras restrições. as forças de manutenção da paz viram assim restringida a sua capacidade de vigiar os movimentos das tropas, entregar mantimentos nas suas bases e levar a cabo evacuações médicas e outras operações importantes.
a Etiópia recusou-se a cumprir as decisões da comissão internacional, cuja pressão não foi suficiente. Segndo oacordo de paz, de 2000, ambas as partes aceitaram incondicionalmente as decisões da comissão quanto à localização da fronteira. Porém, quando a comissão entregou a cidade fronteiriça de Badme à Eritreia, a Etiópia recuou e o processo de paz estagnou.