Sem acesso à rede elétrica, as populações mais pobres gastam perto de 24 mil milhões de euros por ano em iluminação e outras fontes de energia, recorrendo a métodos perigosos como as baterias, geradores de querosone e velas
Sem acesso à rede elétrica, as populações mais pobres gastam perto de 24 mil milhões de euros por ano em iluminação e outras fontes de energia, recorrendo a métodos perigosos como as baterias, geradores de querosone e velasUm em cada cinco latinoamericanos que vive em zonas rurais ainda não tem eletricidade em casa, segundo um estudo divulgado esta semana pelo Banco Mundial, que estima haver a nível mundial 1,2 mil milhões de pessoas sem acesso à rede elétrica, o que as faz gastar todos os anos cerca de 24 mil milhões de euros em fontes de energia alternativas. Um gasto enorme, especialmente para as comunidades mergulhadas na pobreza, que poderiam ter na energia solar uma forma de aliviar estes gastos. Os painéis solares são uma forma acessível e rentável de fornecer eletricidade para iluminar as casas, carregar os telemóveis, ouvir rádio e até cozinhar, refere o relatório, dando como exemplo um projeto de energia solar no Peru que já beneficiou 131 mil pessoas e deverá chegar a mais oito mil até 2017; e outro nas áreas mais isoladas da argentina, onde foram instalados 21 mil sistemas solares. De acordo com os especialistas do Banco Mundial, em 2015 foram investidos mais de 244 milhões de euros na indústria de energia solar, um valor 15 vezes maior do que em 2012. Estima-se também que este mercado tem uma margem de investimento nos próximos anos de 2,7 mil milhões de euros, o que seria mais uma forma de reduzir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera e contribuir para um planeta mais verde.