Só a verdade resiste ao consumir do tempo. a mensagem de Fátima resistiu primeiro pelo testemunho dos videntes, mais tarde pela fé dos crentes e finalmente pela aprovação da Igreja católica
Só a verdade resiste ao consumir do tempo. a mensagem de Fátima resistiu primeiro pelo testemunho dos videntes, mais tarde pela fé dos crentes e finalmente pela aprovação da Igreja católicaNossa Senhora desceu à Cova da Iria em 1917 e apareceu a três crianças (Jacinta, Francisco e Lúcia), de famílias humildes. Quis que fossem elas a transmitir a sua mensagem a Portugal e ao Mundo, uma mensagem consubstanciada na penitência e oração. as visitas da Senhora vestida de branco -como os pequenos videntes lhe chamaram – prolongaram-se mensalmente de Maio a Outubro desse ano e, em cada uma delas, a Senhora foi dizendo o que pretendia. Vinha em paz e desejava que o mundo também a tivesse, assim como queria que as pessoas se convertessem.
Convém lembrar que naquela data combatia-se a Primeira Guerra Mundial, uma guerra global centrada na Europa, e que começou em Julho de 1914 tendo terminado em novembro de 1918, tendo sido Portugal um dos países participantes.
O fenómeno das aparições de Nossa Senhora depressa se propagou. Mas os três videntes sentiam e sabiam que muita gente não acreditava nelas (nas aparições da Senhora), inclusive alguns dos seus familiares e o próprio pároco de Fátima. Lúcia revela nas suas memórias as dúvidas do seu pároco: Não me parece uma revelação do Céu. Quando se dão estas coisas, por ordinário, Nosso Senhor manda essas almas a quem Se comunica, dar conta do que se passa a seus confessores ou párocos e esta, ao contrário, retrai-se quanto pode. Isto também pode ser um engano do demónio. Vamos a ver. O futuro nos dirá o que havemos de pensar.
Na aparição de 13 de Outubro, Nossa Senhoraquis dissipar os incrédulos e deu-se algo fora do comum, a que muita gente chamou o milagre do sol. Lúcia descreve: E abrindo as mãos (a Senhora), fê-las reflectir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projectar (-se) no sol. Lúcia descreve depois as visões, ao lado sol, de São José com o Menino e Nossa Senhora; Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o mundo da mesma forma que São José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo.
Milhares de pessoas que estavam na Cova da Iria junto das crianças asseguraram a ocorrência daquele fenómeno, tendo muitas afirmado que o sol rodopiava, como que bailando e produzindo cores e movimentos nunca vistos. Há testemunhos escritos e ainda há poucos anos havia pessoas vivas que o confirmaram.
Hoje, e prestes a completarem-se cem anos das aparições, ainda há quem não acredite, apesar de a Igreja dar como boas as mensagens transmitidas pelos pastorinhos; de haver cumprido o pedido de Nossa Senhora em consagrar a Rússia e o Mundo ao seu Imaculado Coração; de haverem sido concedidas as honras dos altares a Jacinta e Francisco Marto e de haver testemunhos populares de milagres concedidos pela Virgem de Fátima.
É perfeitamente compreensível que o sobrenatural não seja aceite com facilidade e compreendido, mas com o decorrer do tempo essas dúvidas foram dissipadas e agora é uma questão de acreditar ou não. O ser humano é livre porque Deus assim o permite.
Na aparição de 13 de Outubro de 1917 Nossa Senhora disse a Lúcia (nas suas memórias): Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. assim foi feito, havendo hoje uma capelinha (renovada), mas também mais duas basílicas, a de Nossa Senhora (mais antiga e onde estão sepultados os beatos Jacinta e Francisco) e a da Santíssima Trindade.com estas e outras estruturas, Fátima acolhe anualmente mais de cinco milhões de peregrinos e visitantes, o que revela a justeza da mensagem de Fátima.
O Santuário de Fátima já iniciou um vasto e rico programa para que seja recordada dignamente a data dos 100 anos do evento, mas sobretudo para lembrar as palavras da Virgem para todos, independentemente da sua crença ou não.