Os sem-abrigo encontram-se em todos os países do mundo e estão a espalhar-se com impunidade, alertou uma especialista em direitos humanos, pedindo aos governos que reconheçam a falta de habitação como uma crise de direitos humanos
Os sem-abrigo encontram-se em todos os países do mundo e estão a espalhar-se com impunidade, alertou uma especialista em direitos humanos, pedindo aos governos que reconheçam a falta de habitação como uma crise de direitos humanosOs governos devem comprometer-se na erradicação do problema de pessoas que vivem sem teto até 2030, em linha com a nova agenda de metas para um desenvolvimento sustentável. ao apresentar o seu relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça, a relatora especial das Nações Unidas sobre o direito à habitação, Leilani Farha, disse que a falta de casa encontra-se por todo o mundo, em todos os países, independentemente do nível de desenvolvimento dos seus sistemas económicos e de governo. Os sem-abrigo são uma prova do fracasso dos Estados em proteger e garantir os direitos humanos das populações mais vulneráveis, defendeu Farha, apontando para o estigma social, a discriminação, a violência e a criminalização que experimentam pessoas que estão sem teto. a relatora especial culpou a desigualdade persistente, a injusta distribuição de terras e de propriedades e a pobreza que persiste a uma escala global, entre os fatores para a falta de habitação, dizendo que a anuência do Estado à especulação imobiliária e aos mercados não regulados é o resultado de tratar a habitação como uma mercadoria, em vez de como um direito humano.