Refugiados e migrantes que cruzam os mares do Sudeste asiático morreram numa taxa três vezes maior do que no Mediterrâneo em 2015, segundo um novo relatório, que destaca a urgência de uma maior cooperação para salvar vidas entre os Estados afetados
Refugiados e migrantes que cruzam os mares do Sudeste asiático morreram numa taxa três vezes maior do que no Mediterrâneo em 2015, segundo um novo relatório, que destaca a urgência de uma maior cooperação para salvar vidas entre os Estados afetadosO relatório Movimentos Marítimos mistos no Sudeste da Ásia, do gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), revela que os movimentos no golfo de Bengala foram três vezes mais mortíferos do que no mar Mediterrâneo, no último ano. Cerca de 370 pessoas morreram durante 2015 nesse golfo e no mar de andamão. Estas mortes são atribuídas em grande parte a maus tratos por contrabandistas e a doenças contraídas nos barcos. Nestes casos, os refugiados e os migrantes empregam muitas vezes as mesmas rotas, modos de transporte e redes, e os seus movimentos são normalmente referidos como movimentos mistos. Em toda a região, cerca de 33. 600 refugiados e migrantes de várias nacionalidades foram transportados por barcos de contrabandistas, dos quais 32. 600 no golfo de Bengala e no mar de andamão, onde a maior parte dos passageiros eram provenientes do Bangladesh e membros do povo birmanês de Rohingya, de acordo com o relatório.