Fundador da organização não governamental african Youth Initiative Network espera que as «muitas sementes» pela paz semeadas no continente africano produzam uma «floresta» de democracia
Fundador da organização não governamental african Youth Initiative Network espera que as «muitas sementes» pela paz semeadas no continente africano produzam uma «floresta» de democraciaapontado como um possível candidato ao Prémio Nobel da Paz, o ativista ugandês Victor Ochen, que tem pautado as suas intervenções com mensagens positivas acerca de África, afirmou recentemente, em Espanha, que há muita gente envolvida na paz e inspirada no legado deixado por Nelson Mandela. São muitas as sementes pela paz que estão a ser semeadas em África e espero que essas sementes produzam uma floresta de paz e de luta pela democracia, afirmou Ochen, durante um encontro em Madrid, onde recebeu o Prémio Mundo Negro pela Fraternidade, pelo seu trabalho a favor da paz no Uganda. O ativista, que se reunirá nestes dias com o secretário-geral da ONU, na Suíça, diz sentir-se a voz dos sem voz e apela à participação ativa dos jovens na procura do caminho da paz: Em todo o lado encontramos gente jovem que tem algo para contribuir. a sua história de vida é disso um bom exemplo. Há 20 anos, não tinha sapatos, comia uma vez por dia, não ia à escola e o meu irmão tinha sido sequestrado, conta, sublinhando que 21 dos seus 34 anos foram vividos em campos de deslocados internos, e que, enquanto alguns dos jovens seus amigos escolheram o caminho da guerra, ele escolheu o caminho da paz. Para o fundador da african Youth Initiative Network, o êxito do seu caminho pela paz deve-se aos seus pais e à religião. África precisa de perdão, mas também de justiça e de ajuda para sarar emocional, física e psicologicamente, que não se conquista com apoio militar, refere Victor Ochen.