Conselho Português dos Refugiados tem registado um aumento de pedidos de asilo de menores não acompanhados. a maioria são de crianças oriundas do Mali, Guiné-Conacri, Nigéria e Sri Lanka
Conselho Português dos Refugiados tem registado um aumento de pedidos de asilo de menores não acompanhados. a maioria são de crianças oriundas do Mali, Guiné-Conacri, Nigéria e Sri Lanka a presidente do Conselho Português dos Refugiados (CPR), Teresa Tito de Morais, revelou esta segunda-feira, 1 de fevereiro, que o número de pedidos de asilo de menores não acompanhados está a aumentar, o que significa que estas crianças estão a fugir dos seus países e a chegar à Europa em condições muito precárias e em situações muito vulneráveis. Segundo a responsável, que reagia aos dados da agência de polícia europeia (Europol) que indicam que mais de dez mil crianças acompanhadas desapareceram na Europa entre 18 e 24 de dezembro passado, em 2015, Portugal recebeu 50 pedidos de asilo de menores não acompanhados e em janeiro dois. Os pedidos vêm sobretudo de crianças oriundas do Mali, da Guiné-Conacri, Nigéria e Sri Lanka. Estamos a assistir a um avolumar de uma situação dramática que os refugiados no seu conjunto estão a viver, e particularmente as crianças, que perdem as suas famílias e ficam sozinhas. É uma situação muito grave. a solução para o problema é difícil, mas a realidade é que o tráfico está a aumentar de maneira feroz através da exploração dos refugiados. Muitas vezes as crianças são trazidas pelas redes para a Europa e ficam sujeitas a estas redes sob pena de as famílias sofrerem retaliações, adiantou a presidente do CPR, em declarações à agência Lusa. Para Teresa Tito Morais, a comunidade internacional e sobretudo a Europa têm de encontrar meios para fazer face a esta situação, nomeadamente com uma política mais solidária de acompanhamento destas situações e de acolhimento nos seus países de modo a que se possa desmantelar as redes de tráfico. a mensagem é a de uma mudança de política em termos de solidariedade internacional e uma atenção muito particular para esta faixa etária. São jovens indefesos que desaparecem por serem postos ao serviço das redes de tráfico, mas também porque perdem o rasto das suas famílias e não sabem onde as localizar, sublinhou.