Marcadas pelo trauma da violência e da insegurança de um conflito sangrento que ainda não está completamente resolvido, centenas de mulheres da República Democrática do Congo reencontraram o caminho através de um projeto de formação básica e profissional
Marcadas pelo trauma da violência e da insegurança de um conflito sangrento que ainda não está completamente resolvido, centenas de mulheres da República Democrática do Congo reencontraram o caminho através de um projeto de formação básica e profissional Umas eram mães solteiras, outras viviam em comunidades suburbanas desestruturadas, em que o único objetivo de vida era lutar pela sobrevivência individual. E todas necessitavam de passar por um processo de formação que as ajudasse a recuperar a autoestima, a aprender uma profissão e a ganhar conhecimentos que lhes permitissem melhorar a situação económica pessoal e familiar. Mais de 300 conseguiram alcançar estes objetivos, através de um projeto lançado pelos missionários da Consolata na República Democrática do Congo (RDC).com o apoio dos municípios de Roma e Turim (Itália), foi possível promover cursos de formação nas áreas da informática, estética, corte e costura, artesanato, cozinha e atividades hortícolas para 378 mulheres, residentes na cidade de Kinshasa e na província de Isiro. as da zona urbana, sofriam as consequências da urbanização maciça e descontrolada, que as tinham atirado para uma situação precária, onde as relações sociais praticamente não existiam e o objetivo de vida principal passava pela sobrevivência individual. as que viviam em meio rural, na zona oriental do país, tentavam ainda recuperar do trauma da violência e da insegurança, gerado pelo conflito sangrento de 1997-2002, ainda latente, e que deixou marcas profundas na dinâmica social da comunidade. Para todas, além das aulas de especialização profissional, foram criados programas de aquisição de competências para a vida, de capacitação e treino, onde entraram matérias relacionadas com os direitos das mulheres ou com a necessidade de adotarem formas de vida equilibradas e saudáveis, para evitar, por exemplo, possíveis infeções com o vírus HIV/Sida. No final das ações de formação, cerca de uma centena de formandas teve ainda acesso a um fundo rotativo de microcrédito, através do qual puderam dar início a uma atividade profissional, conquistar a independência económica e garantir o reforço do rendimento familiar. Os missionários da Consolata estão presentes na RDC desde os anos 1970.