Francisco apelou aos operadores de peregrinações e reitores de santuários que tornem o acolhimento cada vez mais humano e disse ser um erro pensar que os peregrinos são movidos por uma espiritualidade de «massas»
Francisco apelou aos operadores de peregrinações e reitores de santuários que tornem o acolhimento cada vez mais humano e disse ser um erro pensar que os peregrinos são movidos por uma espiritualidade de «massas» É importante que o peregrino que cruza o limiar do santuário se sinta tratado como um familiar e não como um hóspede; deve sentir-se em casa, esperado, amado e olhado com olhos de misericórdia; seja ele quem for, jovem ou velho, rico ou pobre, doente e atribulado ou turista curioso, possa encontrar o acolhimento devido, porque em cada um existe um coração que procura Deus, por vezes sem se dar conta plenamente, afirmou esta quinta-feira, 21 de janeiro, o Papa Francisco. Na audiência em que estiveram presentes os cerca de 3. 000 participantes no Jubileu dos Operadores de Peregrinações e Reitores de Santuários, o Pontífice sublinhou a importância da peregrinação, enquanto expressão de fé do povo de Deus, e pediu o empenhamento de todos na promoção de um acolhimento afetuoso, festivo, cordial e paciente, pois a religiosidade popular é uma forma genuína de evangelização, que precisa ser cada vez mais promovida e valorizada. Para Francisco, seria um erro pensar que aqueles que vão em peregrinação vivem uma espiritualidade não pessoal, mas de massas. O peregrino leva consigo a própria história, a própria fé, luzes e sombras da própria vida, porque o santuário é realmente um espaço privilegiado para encontrar o Senhor e tocar com as mãos a sua misericórdia, frisou. Dirigindo-se aos ministros do perdão de Deus, o Papa reiterou que um santuário é a casa do perdão, onde cada um se encontra com a ternura do Pai, que tem misericórdia para com todos, sem excluir ninguém. E convidou os sacerdotes que exercem ministério nos santuários a terem um coração impregnado de misericórdia e a adotarem atitudes próprias de um pai. O encontro contou com a presença do reitor e vice-reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas e Vítor Coutinho.