Maria da Luz Henriques nasceu em Machico, Madeira, há 58 anos. Professou os votos aos 23 anos e é atualmente a Superiora Geral da Fraternidade Franciscana da Divina Providência
Maria da Luz Henriques nasceu em Machico, Madeira, há 58 anos. Professou os votos aos 23 anos e é atualmente a Superiora Geral da Fraternidade Franciscana da Divina Providência Quando e como percebeu que o seu futuro passava pela vida religiosa?Era jovem e pertencia ao (JCM) Jovens Cristãos da Madeira. Fiz caminhada de crescimento na fé e pouco a pouco fui sentindo um vazio, uma inquietação profunda, existencial, um desejo de absoluto e procurava encontrar uma plenitude que desse sentido à minha inquietude. Rezava pelas vocações, pelos outros, não por mim. Pensava que não tinha qualidades para ser religiosa. Depois, percebi que a qualidade fundamental era a fé. Um dia, numa adoração do Santíssimo pelas vocações, senti-me interpelada pela Palavra do Senhor: Luz, vem e segue-me. Deus imprimiu na minha alma esta Palavra e percebi e senti, que o meu futuro passava por uma vocação consagrada. O carisma da congregação a que pertence inspira-vos a estar com os pobres e a cuidar dos doentes. Sabe bem estar próximo de quem mais precisa? Estar próximo dos de maior necessidade é estar próximo de Deus, é estar com Deus, com Jesus que se identifica com os mais pobres (Mt 25), em quem a nossa fundadora via os membros de Cristo. Vai e faz do mesmo modo, ordenou Jesus em (Lc 10). Num simples poema, nascido em Timor, partilho este sabe bem estar próximo: Faz-me ver com o teu olhar, e tocar com tuas mãos, com teu coração amar, os mais pobres meus irmãos. Faz-me ser uma presença, da presença que em mim mora, dom da tua Providência, que ao pobre vai sem demora. Vamos entrar no ano Santo da Misericórdia. É uma boa oportunidade para os cristãos se tornarem mais solidários? Penso que, em primeiro lugar, este ano é apelo a uma conversão pessoal. É a partir da experiência pessoal da misericórdia de Deus na vida pessoal de cada um, que a pessoa se sente impelida a ser também ela instrumento da misericórdia de Deus para com os outros, na continuidade da missão de Jesus, praticando as obras de misericórdia.