«Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor»,
diz-nos a aclamação ao Evangelho
«Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor»,
diz-nos a aclamação ao Evangelhoacerca da grande festa da Epifania, diz-nos o Beato José allamano: Demos graças a Deus por nos ter chamado, através da manifestação aos Reis Magos, a beneficiar dos frutos da redenção, pelo dom da fé De modo muito especial, devemos agradecer-lhe pela vocação missionária, pois por meio dela Jesus continuará a tornar-nos participantes da sua missão universal (Tudo pelo Evangelho, Nº 65, pg 106).
Os Reis Magos vieram de longe, do Oriente. Podiam ser astrólogos babiloneses que tinham provavelmente entrado em contato com o messianismo judeu. Vieram encontrar o Rei dos judeus que devia nascer (Mateus 2,2). O nascimento deste Rei foi-lhes anunciado por uma estrela enviada por Deus, astro este que aponta para Jesus que, como rei Messias, deve ser adorado pelos Magos. No Livro dos Números, do antigo Testamento, Balaão anunciara: Uma estrela surge em Jacob, e um cetro se ergue em Israel (Números 24,17). a estrela e o cetro eram, para os judeus, anunciadores da vinda do Messias real.
Vieram de longe adorar o Menino. Nos nossos dias, entre os grandes adoradores de Cristo e devotos da Virgem Mãe do Salvador, contam-se cristãos que vivem longe’ das nossas terras, por exemplo na China. São cristãos que rejeitam as canas agitadas pelo vento’, profundamente firmados na verdadeira doutrina dada por Cristo, que mesmo se escandalizam com o relativismo praticado por muitos cristãos do Ocidente. São gente que perdeu tudo por serem cristãos, desprezados, perseguidos, castigados por vezes duramente, que vivem nos subterrâneos da sociedade — mas alegres por sofrerem perseguição por Cristo e pelo Reino.
Os Reis Magos têm para nós cristãos uma grande importância. No Natal, o Messias manifestou-se só a membros do povo de Israel. Ora os Magos eram membros de povos pagãos. Os nossos antepassados eram gente pagã, que os Magos portanto representavam. Neles Deus manifestou-se também a nós. Dão-nos um ensinamento cheio de importância também pelo fato que, durante a sua viagem para onde nascera o Messias, perderam de vista a estrela que os guiava. Mas não desanimaram: Informaram-se junto de pessoas que podiam elucidá-los e obtiveram a resposta desejada: Puderam então encontrar o Menino-Deua e adorá-lo: Bom exemplo para as dificuldades que por vezes encontramos na prática da nossa vida espiritual e religiosa.
Encoraja-nos o apóstolo S. Paulo: Deus misericordioso fez-nos dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina; libertou-nos das trevas e transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados (Colossenses 1,13-14). Programa maravilhoso este, que por nós deve ser vivido durante este ano Santo da Misericórdia.