Tomando como exemplo os pastorinhos de Fátima, que se manifestaram dispostos a dar a vida pelo anúncio do Evangelho, o bispo de Coimbra recorda que Deus aceita todos os que fazem o caminho com sinceridade e que se sacrificam pelos outros
Tomando como exemplo os pastorinhos de Fátima, que se manifestaram dispostos a dar a vida pelo anúncio do Evangelho, o bispo de Coimbra recorda que Deus aceita todos os que fazem o caminho com sinceridade e que se sacrificam pelos outros Deus leva a sério a atitude humana de fé, de amor e de fidelidade. Ele aceita os seus filhos e o caminho que fazem com sinceridade, mesmo que com muitas fraquezas e pecados. O amor, porventura expresso nos sacrifícios feitos em favor dos outros, o amor como dádiva, oferta, sacrifício de si mesmo é sempre caminho de redenção, afirmou este sábado, em Fátima, o bispo de Coimbra, Virgílio antunes, na sessão de apresentação do novo ano pastoral do Santuário de Fátima. Partindo do tema proposto para 2016 – Eu vim para que tenham vida -, inspirado na aparição de setembro aos pastorinhos, o prelado sublinhou que Jacinta, Francisco e Lúcia não eram simples videntes, mas cristãos que se deixaram tomar pela mensagem recebida e na qual reconheceram a força do Evangelho de Deus, disponibilizando-se por isso a dar a vida pelo que anunciavam.com as suas orações e sacrifícios, os pastorinhos falam-nos dessa vida plena à qual todos nós aspiramos e na qual eles se já encontram, pois Nossa Senhora, que prometeu levá-los para o Céu, é fiel à suas promessas, disse o bispo, acrescentando que Fátima é uma resposta de fé aos anseios de salvação e de vida inscritos no coração humano. O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, por sua vez, desafiou os fiéis a tomarem como exemplo os videntes para descobrirem a plenitude da vida que Deus nos oferece através da oferta de nós mesmos, pois esse é o caminho da experiência da verdadeira alegria cristã. No âmbito da apresentação do novo ano pastoral, foi ainda inaugurada a exposição temporária evocativa da aparição de setembro de 1917, no Convivium de Santo agostinho, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade. Intitulada Terra e Céu – Peregrinos e santos de Fátima, a mostra está aberta ao público até 31 de outubro de 2016 e convida os visitantes a perceberem como a Cova da Iria tem sido lugar de peregrinação, mas também de santidade, conforme explicou Marco Daniel Duarte, comissário da exposição. O último ramo de oliveira empunhado por São João Paulo II, antes de morrer, as alpercatas, os óculos e uma caneta da Irmã Lúcia de Jesus e a coroa do trono do retábulo-mor da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, que estava tapada desde 1967, são algumas das peças que podem ser apreciadas.