Estudo encomendado por religiosas dá conta da «precariedade» que aflige as empregadas domésticas. O relatório será apresentado em Lisboa e conta com as intervenções de diversos especialistas
Estudo encomendado por religiosas dá conta da «precariedade» que aflige as empregadas domésticas. O relatório será apresentado em Lisboa e conta com as intervenções de diversos especialistasTrabalho doméstico em Portugal é o nome de um estudo que mostra que esta ocupação profissional continua a ser uma realidade precária e pouco protegida do ponto de vista dos direitos sociais. O relatório foi encomendado ao Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (UCP) pela congregação das Religiosas de Maria Imaculada.
O inquérito feito a 300 cidadãos empregadores revelou que mais de metade dos trabalhadores do setor doméstico presta serviços sem qualquer tipo de contrato ou apenas com um contrato verbal. O documento mostra que em causa estão principalmente mulheres, portuguesas, com mais de 45 anos, pagas em dinheiro, diária ou semanalmente, sendo que o valor do seu ordenado é calculado em função da hora de trabalho.
Tudo isto reforça a informalidade e precariedade do laço, indica o estudo enviado à agência Ecclesia e que será apresentado esta quinta-feira, 26 de novembro, pelas 09h30, durante um colóquio na Sala das Exposições da UCP, no Campus Palma de Cima, em Lisboa.
a apresentação dos resultados estará a cargo do antropólogo Francisco Liz, seguindo-se uma mesa redonda. Entre os intervenientes vão estar Maria do Rosário Carneiro, antiga deputada da assembleia da República, Gaspar Buades, professor da Universidade de Loyola, na andaluzia (Espanha), Rita Sá Marques, antropóloga, e Verónica Policarpo, diretora do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da UCP.
O evento contará ainda com a participação do investigador Carlos Liz e das irmãs Grimoalda aguiar e Maria Dolores Martinez, em representação das Religiosas de Maria Imaculada. a sessão de encerramento estará a cargo de Pedro Calado, alto-comissário para as Migrações.
as Religiosas de Maria Imaculada têm atualmente em funcionamento cinco casas em Braga, Fátima, Lisboa, Ponta Delgada e Porto e dedicam-se à educação e valorização profissional de jovens mulheres, dispondo de centros sociais vocacionados para jovens empregadas domésticas.