Numa mensagem para o Dia pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, Ki-moon refere que estes crimes «são graves ameaças ao progresso». Para alertar para este problema, muitos monumentos serão iluminados de laranja, cor associada a esta causa
Numa mensagem para o Dia pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, Ki-moon refere que estes crimes «são graves ameaças ao progresso». Para alertar para este problema, muitos monumentos serão iluminados de laranja, cor associada a esta causaO Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres é comemorado esta quarta-feira, 25 de novembro. a data marca o início de 16 dias de ativismo contra violência de género. a iniciativa termina a 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos. Segundo a ONU Mulheres, mais de 450 eventos vão realizar-se em mais de 70 países. Monumentos de várias partes do mundo, como as ruínas de Petra, na Jordânia, e as Cataratas do Niágara, na américa do Norte, serão iluminadas de laranja, cor escolhida para simbolizar um mundo sem violência contra mulheres e raparigas. Numa mensagem para assinalar a data, Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, refere estar profundamente preocupado com os crimes atrozes cometidos contra mulheres e raparigas em zonas de conflito e o abuso doméstico, encontrado em todos os países que, afirma, são graves ameaças ao progresso. Ki-moon lembra e lamenta o facto de extremistas violentos estarem a perverter ensinamentos religiosos para justificar a subjugação e o abuso em massa de mulheres. O secretário-geral das Nações Unidas recorda ainda que até mesmo em zonas de paz, a violência contra mulheres persiste em forma de feminicídio, violência sexual, mutilação genital, casamento precoce e violência online. Por outro lado, o responsável destaca a campanha HeForShe, que se debate pela igualdade de género e que procura mobilizar homens e rapazes na luta pelos direitos das mulheres Ki-moon lembra ainda que a recém adotada agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável reconhece a importância de se eliminar a violência contra mulheres e tem metas relacionadas com esta problemática. Em Portugal, 27 mulheres foram assassinadas este ano, a maioria com armas brancas e de fogo, utilizadas pelos maridos ou companheiros, segundo dados do Observatório de Mulheres assassinadas. Houve ainda 33 mulheres que foram vítimas de tentativa de homicídio, entre 1 de janeiro e 20 de novembro.