Orientações do Papa Francisco no que se refere à validade dos ví­nculos matrimoniais vão ser debatidas na assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorre em Fátima
Orientações do Papa Francisco no que se refere à validade dos ví­nculos matrimoniais vão ser debatidas na assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorre em FátimaO reforço da competência e da responsabilidade dos bispos diocesanos no acompanhamento e decisão dos processos de nulidade matrimonial, decretada recentemente pelo Papa Francisco, vai ser um dos temas em análise na assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que se iniciou esta segunda-feira, 9 de novembro, em Fátima. através do Motu Próprio Mitis Iudex, que entra em vigor em dezembro, o Pontífice torna mais fáceis e rápidos os processos de nulidade dos casamentos na Igreja Católica, ao eliminar a necessidade de uma sentença em segunda instância, e criar a figura do processo mais breve, que pode demorar apenas entre duas semanas a um mês a ficar decidido. É também sugerida a gratuitidade dos processos. Tendo em conta que esta é uma matéria que exige grande unidade de atuações e critérios, o presidente da CEP, Manuel Clemente, referiu, no seu discurso de abertura do encontro, que será dedicado algum tempo ao aprofundamento do tema. Segundo o cardeal-patriarca de Lisboa, a assembleia, que decorre até quinta-feira, 12, procurará ainda dar resposta às interpelações do Papa, no decurso da última visita ad Limina, e às conclusões do Sínodo dos Bispos sobre a missão da família na Igreja. Como o Papa Francisco não se cansa de alertar, uma grande desagregação sócio-cultural atinge atualmente sociedades inteiras, “descartando” indivíduos e grupos, que ficam tragicamente esquecidos por uma globalização que os não considera nem inclui. Tudo isto reclama uma resposta integradora que só a família pode dar na raiz, como base indispensável da sociabilidade geral, sublinhou o purpurado. O momento atual que vive a sociedade portuguesa também não será esquecido pelos bispos. Não será demais lembrar que todos ganharemos se forem tidos em conta os princípios do pensamento social cristão, disse Manuel Clemente, realçando a necessidade da promoção do bem comum, da superação de situações gritantes de desigualdade e pobreza, do apoio aos mais frágeis e da ativação dos princípios da subsidiariedade e da solidariedade.